Banco de Portugal assume supervisão comportamental mundial. “É o reconhecimento do bom trabalho”, diz Máximo dos Santos

Lúcia Leitão foi nomeada presidente da FinCoNet, que reúne as autoridades de supervisão comportamental de todo o mundo. Máximo dos Santos diz que "é o reconhecimento do bom trabalho" do BdP.

O Banco de Portugal (BdP) viu ser reforçado o seu papel na supervisão comportamental a nível mundial. A diretora do Departamento de Supervisão Comportamental do banco central português, Lúcia Leitão, foi eleita presidente da Organização Internacional para Proteção do Consumidor Financeiro (FinCoNet). Máximo dos Santos, vice-governador do BdP, em declarações ao ECO destaca o “relevo próprio” do cargo e classifica a nomeação como sendo “o reconhecimento internacional da grande qualidade do trabalho” desempenhado pelo banco central português nesse campo.

A eleição para um mandato de três anos de Lúcia Leitão para a presidência da FinCoNet, entidade que reúne autoridades de supervisão responsáveis pela conduta na comercialização de produtos e serviços bancários de países dos cinco continentes, foi aprovada por unanimidade pelos 27 membros da organização na última assembleia geral da organização que decorreu a 13 e 14 de novembro, na sede do Banco de Itália, em Roma.

De salientar que Lúcia Leitão já desempenhava funções como vice-presidente da FinCoNet há três anos, com Máximo dos Santos a classificar a sua subida à presidência como “o reconhecimento do bom trabalho desenvolvido na vice-presidência e ao longo de toda a vida da organização, a cujo Governing Council pertencemos desde a fundação em 2013″.

O vice-governador diz ainda que essa eleição “revela confiança na capacidade do Banco de Portugal, enquanto autoridade de supervisão comportamental bancária, para impulsionar ainda mais o trabalho da organização”, salientando que “se trata de um acontecimento muito positivo para Portugal e para o sistema financeiro português”.

A candidatura da Diretora do Departamento de Supervisão à FinCoNet terá contado, desde a primeira hora, com o apoio da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), um dos seis membros observadores desta entidade, grupo que integra ainda o Banco Mundial, a Comissão Europeia, a Consumers International, a International Association of Insurance Supervisors e o Consultative Group to Assist the Poor.

Para a escolha unânime de Lúcia Leitão para o cargo, Máximo dos Santos considera que terá sido fundamental, “o facto de o Banco de Portugal ter assumido uma estratégia integrada de supervisão comportamental”. E neste sentido destaca três vetores de atuação: a definição de um quadro de direitos para os clientes, a fiscalização do seu cumprimento pelas instituições e a promoção da formação e da inclusão financeiras.

 

Lúcia Leitão também manifestou a sua satisfação com a nomeação para a presidir à FinCoNet, dizendo ser “um enorme privilégio ter sido eleita para liderar esta organização”, que é “uma plataforma de partilha de informação, experiências e melhores práticas, que permite melhorar os padrões de supervisão comportamental a nível mundial”.

A diretora do Departamento de Supervisão Comportamental do Banco de Portugal lembrou ainda que “a proteção dos consumidores de produtos financeiros não é uma missão fácil, uma vez que o mundo à nossa volta está em permanente mudança e os supervisores necessitam de superar os desafios colocados por essas alterações permanentes”.

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