Subida do salário mínimo em Portugal foi a sexta mais baixa na União Europeu
A subida do salário mínimo em Portugal em 2019 foi a sexta mais baixa entre os 22 Estados-membros da União Europeia que têm salário mínimo, segundo dados da Comissão Europeia.
A subida do salário mínimo em Portugal em 2019, de 3,5% em termos nominais, foi a sexta mais baixa entre os 22 Estados-membros da União Europeia que têm salário mínimo, revelam dados publicados esta terça-feira pela Comissão Europeia.
No quadro do “pacote de outono” do semestre europeu de coordenação de políticas económicas, um dos documentos adotados esta terça-feira pela Comissão Europeia foi o relatório sobre o Emprego, que revela que, em matéria de salário mínimo, houve atualizações em 21 dos 22 países que o praticam (apenas não houve aumento na Letónia), registando-se na maioria dos Estados-membros aumentos superiores àquele verificado em Portugal, tanto em termos nominais como em termos reais.
Assumindo o valor de um salário mínimo de 700 euros em 2019 (ajustando o pagamento de 14 meses aos 12 meses do ano), o relatório aponta então que em Portugal houve um aumento de 3,5% em termos nominais (face aos 676,67 euros de 2018), que é o sexto mais baixo entre os 22 Estados-membros, apenas à frente da Letónia, França (1,5%, mas para 1.521 euros), Malta (1,9%, para 761 euros), Bélgica (2,0%, para os 1.593 euros) e Irlanda (2,6%, para os 1.656 euros).
Em termos reais, ou seja, tendo em conta a inflação, o aumento do salário mínimo em Portugal este ano foi de 2,8%, o décimo mais baixo entre os 22 países com salário mínimo na União Europeia (Áustria, Chipre, Dinamarca, Finlândia, Itália e Suécia não têm).
As variações entre os salários mínimos na Europa continuam a ser vincadas, oscilando entre os 286 euros na Bulgária e os 2.071 euros no Luxemburgo (valores de 2019), surgindo Portugal na segunda metade da tabela, na 12.ª posição entre os 22 países.
O salário mínimo em Portugal aumentará para os 635 euros em 01 de janeiro de 2020 face ao valor de 600 euros praticado este ano, o que, ajustado tendo em conta os 14 meses, equivale a um aumento dos atuais 700 para 740 euros, os valores tidos em conta nos cálculos do Eurofund para estabelecer uma comparação entre os Estados-membros.
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