“Não vejo que a negociação do OE com os partidos ponha em risco a consolidação das contas públicas”, diz Centeno
O ministro das Finanças garante que a construção do Orçamento do Estado tem uma lógica e que as negociações com os partidos para garantir a sua aprovação não vão pôr em causa a consolidação.
“Da minha experiência negocial não vejo que desta negociação resulte um risco que possa alterar a trajetória de consolidação das contas públicas“, defendeu o ministro das Finanças, em entrevista à TVI, questionado sobre qual o grau de cedência que estaria disposto a dar aos parceiros para garantir a aprovação do documento, que pela primeira vez na história da democracia prevê um excedente de 0,2%.
Relativamente às negociações com os restantes partidos com vista à aprovação do próximo Orçamento, Mário Centeno começou por salientar a capacidade de nos últimos anos o Governo ter conseguido “de forma muito responsável negociar”, demonstrando que no que respeita ao próximo Orçamento tal se mantém, revelando que as negociações já começaram.
“Estamos disponíveis para negociação. A negociação para aprovar o Orçamento vai existir e já começou“, refeiu Centeno. “Não vejo que dessa negociação com os partidos resulte um risco ou algo que possa alterar a trajetória de consolidação das contas públicas que temos”, acrescentou.
Relativamente a margem que esteja disponível para ceder, Mário Centeno recusa-se, contudo, a avançar com qualquer pista. “Seria um péssimo negociador se a cores e ao vivo falasse de negociações”, assume.
No que respeita ao excedente orçamental que pretende obter no próximo ano, o ministro das Finanças salienta a sua importância, falando num “círculo virtuoso que Portugal não pode perder”. “Com menos dívida, com menos dívida para financiar, vamos conseguir esse objetivo. O superavit é muito importante para o processo de descida da dívida“, lembra Centeno.
Questionado sobre o recado que deixou na apresentação aos jornalistas do Orçamento do Estado de 2020, apelando a sentido de responsabilidade, Mário Centeno, fez questão de responder. “Estou a falar para quem agora, nesta fase seguinte, tem de fazer aprovar o Orçamento do Estado“, remetendo assim para os partidos representados no Parlamento. E nesse campo volta a deixar um novo recado. “Aprendemos a duras prendas o que é o preço da irresponsabilidade orçamental“, disse Centeno.
(Notícia atualizada)
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