Santander quer “ser o melhor banco a atuar em Portugal”. Os desejos para 2020 de Pedro Castro Almeida

  • ECO
  • 1 Janeiro 2020

Pedro Castro Almeida está à frente do Santander há apenas um ano. 12 meses volvidos, olha para 2020 com ambição. Assume como meta para o próximo ano "ser o melhor banco a atuar em Portugal".

“Estabilidade política” é muito importante para o país. É, por isso, o desejo de Pedro Castro Almeida para Portugal em 2020, assim como a continuação das políticas que têm permitido o equilíbrio das contas públicas, com todos os prós que daí advêm também para o setor em que opera, o da banca. O líder do Santander Portugal aplaude esse compromisso do Executivo, mas ataca os reguladores que estão a impedir, na sua perspetiva, a existência de uma verdadeira concorrência na indústria financeira, na qual o antigo Totta quer destacar-se. CEO do banco controlado pelo espanhol Santander há apenas um ano, assume como meta para o próximo ano “ser o melhor banco a atuar em Portugal”.

Um desejo para o país

Estabilidade política. Muito importante para o nosso país. Desejo que as contas públicas se mantenham equilibradas, com a dívida pública a manter a trajetória descendente (não nos esqueçamos que ela ainda é demasiado elevada) e desde que não sejam feitas alterações que retirem competitividade, laboral e fiscal, às empresas nacionais.

Um desejo para o setor bancário

A existência de um campo de jogo equilibrado, um level playing field é determinante para que exista concorrência. Acontece que, por diversas razões, os bancos a operar em Portugal atuam, na prática, num contexto mais apertado do ponto de vista regulamentar. Os reguladores devem ter em conta que o capital movimenta-se com grande rapidez e procura sempre as maiores rentabilidades. Sou, por isso, defensor de equilíbrio e semelhança entre as diferentes regulações dos grandes blocos económicos e também de regras comuns que abrangem os novos operadores.

"Reguladores devem ter em conta que o capital movimenta-se com grande rapidez e procura sempre as maiores rentabilidades. Sou, por isso, defensor de equilíbrio e semelhança entre as diferentes regulações dos grandes blocos económicos e também de regras comuns que abrangem os novos operadores.”

Pedro Castro Almeida

CEO do Santander Portugal

Um desejo para o Santander

Ser o melhor banco a atuar em Portugal. Queremos reforçar ainda mais a nossa forma de trabalhar, que se baseia numa relação de confiança próxima de todos os nossos clientes, garantindo a melhor experiência possível através de qualquer canal físico ou digital que utilizem.

Para 2020 e próximos anos, desejo também que a nossa atuação de forma responsável e sustentável cause um importante Impacto na sociedade e possa ser um exemplo para todos. Estamos a começar por dentro da organização. A mudar a mentalidade de todos, uma tarefa difícil. Mas já vejo luz ao fundo do túnel.

Mas como se faz Banca Responsável? Nos últimos cinco anos, já financiámos mais de 430 milhões de euros em operações com impacto positivo para o ambiente e para a sociedade, seja na produção de energia através de fontes renováveis, no tratamento de resíduos, na economia circular, na saúde ou na Educação. No âmbito do combate às alterações climáticas, estabelecemos o objetivo de que 100% da energia que utilizamos provenha de fontes renováveis em 2025. Em Portugal já compramos mais de 90% da energia que tenha origem em fontes renováveis. Queremos ser uma empresa neutra em carbono em 2020 e eliminar, até 2021, os plásticos de utilização única nas nossas instalações.

Os nossos compromissos de Banca Responsável incluem um forte compromisso com o financiamento verde. Para o concretizar, o grupo definiu como objetivo mobilizar 120.000 milhões de euros antes de 2025 e mais 220.000 milhões de euros antes de 2030. Somos também um dos fundadores signatários dos Princípios de Banca Responsável das Nações Unidas e integramos o Compromisso Coletivo de Ação pelo Clima para ajudar a alcançar os objetivos estabelecidos no Acordo de Paris. E fomos reconhecidos como o Banco mais sustentável do mundo, de acordo com o Dow Jones Sustainability Index 2019.

Queremos reduzir a nossa pegada ambiental e queremos aumentar a nossa “pegada social”, medindo a nossa atividade pelo impacto que conseguimos provocar na sociedade. No apoio ao Ensino Superior como à inclusão financeira, na ligação entre as universidades e as empresas, temos como objetivo apoiar em Portugal, entre 2019 e 2022, cerca de 9.000 bolsas, estágios e os mais diversos programas de empreendedorismo, bem como promover a capacitação financeira de 55 mil pessoas.

3 desejos para 2020 é uma série de artigos a antecipar o que vai acontecer no próximo ano, nos mais variados domínios. Desafiámos políticos, empresários, gestores, advogados, reguladores, sindicatos e patrões a revelarem três desejos para o próximo ano: 1) Um desejo para o país, 2) Um desejo para o seu setor e, finalmente, 3) Um desejo para a empresa/entidade que gerem. Todos os dias, até ao final do ano, não faltarão desejos aqui no ECO.

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