PCP recebe sem entusiasmo mensagem de Ano Novo do Presidente e critica Governo

  • Lusa
  • 1 Janeiro 2020

O combate à pobreza e à exclusão, afirmou, “não se faz com medidas assistencialistas”, mas sim “com o aumento geral dos salários", defendem os comunistas.

O PCP reagiu sem entusiasmo à mensagem de Ano Novo do Presidente da República, por ser muito idêntica a outras no passado e revelar contradições com as opções seguidas pelo Governo do PS, que criticou.

“Não se diferenciando de outras anteriores, suscita problemas que colocam em contradição o discurso e as opções que vêm sendo seguidas” pelo executivo, afirmou, na sede nacional do PCP, em Lisboa, Rui Fernandes, num comentário à mensagem presidencial, a partir da ilha do Corvo, Açores.

O membro da comissão política dos comunistas deu os exemplos do combate à pobreza e à exclusão, na justiça ou na segurança dos portugueses, com os quais Rui Fernandes criticou, implicitamente, o Governo minoritário do PS, chefiado por António Costa.

O combate à pobreza e à exclusão, afirmou, “não se faz com medidas assistencialistas”, mas sim “com o aumento geral dos salários, das pensões e das reformas e um decidido combate à precariedade”.

E uma “justiça credível faz-se com investimento em meios humanos e materiais”, assim como a “valorização da juventude e jovens famílias” se faz com “políticas reais de apoio”, como a rede de creches.

“Não vemos avanços nestas áreas, mas vemos os milhões que continuam a ser injetados na banca”, ou a “valorização dos excedentes orçamentais para outros efeitos que não o investimento”, acrescentou.

A poucos dias do debate da proposta do Orçamento do Estado para 2020, no parlamento, Rui Fernandes referiu que os comunistas continuam à espera de respostas às posições do partido.

O Presidente da República desejou hoje um 2020 “de esperança”, com um “Governo forte, concretizador e dialogante”, uma “oposição forte e alternativa” e pediu que se concentrem esforços “na saúde, na segurança, na coesão e inclusão”.

Numa mensagem de Ano Novo, a partir da ilha do Corvo, nos Açores, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que, em Portugal, “esperança quer dizer Governo forte, concretizador e dialogante para corresponder à vontade popular que escolheu continuar o mesmo caminho, mas sem maioria absoluta”.

A esperança também significa “oposição forte e alternativa ao Governo”.

O Presidente pediu que se concentrem esforços em várias prioridades, como a saúde, segurança, coesão e inclusão, conhecimento e investimento.

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