Cooperação com Angola abrange todos os domínios e funciona, diz Santos Silva

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2020

A cooperação entre Portugal e Angola “estende-se a todos os domínios” e “está a funcionar”, assegura o ministro dos Negócios Estrangeiros.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, assegurou esta segunda-feira que a cooperação entre Portugal e Angola “estende-se a todos os domínios” e “está a funcionar”.

Augusto Santos Silva falava à imprensa à margem do Seminário Diplomático, que começou esta segunda-feira em Lisboa, e respondia a uma pergunta sobre a disposição de Portugal para colaborar com o processo de arresto de bens lançado pela justiça angolana à empresária Isabel dos Santos, com interesses em várias empresas portuguesas.

“Nós hoje cooperamos com Angola em todos os domínios: político, diplomático, político-militar, educativo, cultural, económico. E também há cooperação entre as duas administrações fiscais e entre as autoridades judiciárias”, disse o ministro.

“Sou membro do Governo, portanto não me pronunciou sobre questões e processos judiciais. Mas o que posso dizer, como ministro dos Negócios Estrangeiros, é que a cooperação entre Portugal e Angola se estende hoje a todos os domínios e está a funcionar”, insistiu.

Para Portugal, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela é Juan Guaidó

O chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva, afirmou esta segunda-feira que para Portugal e para a União Europeia Juan Guaidó é o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e condenou como “inaceitável” a “pretensa eleição” de domingo em Caracas.

“O que aconteceu ontem [domingo] às portas da Assembleia Nacional é inaceitável, visto que não é possível encenar uma eleição da junta diretiva da Assembleia Nacional impedindo os deputados, começando aliás pelo presidente em funções, de entrar na Assembleia para livremente votarem”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros à imprensa à margem do Seminário Diplomático, esta segunda-feira em Lisboa.

“Portanto, não reconhecemos a pretensa eleição que ocorreu e, pelo contrário, tomamos boa nota de que os deputados impedidos de exercer o seu direito livremente se tenham reunido noutras instalações e tenham renovado o mandato do presidente Guaidó. Para nós, Portugal, e para nós, UE, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela é o deputado Juan Guaidó”, declarou.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português já tinha reagido no domingo, através do Twitter, para afirmar ”grande preocupação” em relação à situação na Venezuela e considerar “inadmissível” qualquer “pretensa eleição” realizada à margem da lei e das regras democráticas.

O parlamento venezuelano deveria eleger no domingo a sua nova junta diretiva, votação da qual deveria resultar a reeleição do deputado e principal opositor do Presidente Nicolás Maduro, Juan Guaidó, mas o deputado foi retido durante horas pela polícia e agredido à porta do parlamento, enquanto no interior, em plenário, os deputados apoiantes do chefe de Estado venezuelano, elegiam Luís Parra, com o apoio de uma minoria de parlamentares da oposição suspeitos de corrupção.

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