AEP prevê aumento de investimento para este ano

AEP fez diagnóstico aos principais investidores portugueses. 70% admite aumentar o investimento durante este ano sendo que 400 milhões ainda estão disponíveis para investir em empresas nacionais.

A Associação Empresarial de Portugal (AEP) realizou um diagnóstico ao perfil dos principais investidores portugueses, e os resultados revelam que 70% dos entrevistados admite aumentar o investimento já este ano, o que demonstra interesse para investir nas empresas portuguesas.

“Pretendemos mapear os principais problemas e identificar possíveis soluções que levem ao aumento dos níveis de investimento de capital de risco em Portugal”, explica Paula Silvestre, diretora da AEP Competitividade. “Com o ecossistema de capital de risco mais dinâmico e mais robusto, as empresas portuguesas terão acesso a mais liquidez, experiência e contactos que poderão contribuir de forma assinalável para o crescimento mais acelerado do seu negócio e da economia portuguesa”, destaca a diretora da AEP Competitividade, em comunicado.

Segundo o diagnóstico os 42 investidores inquiridos detêm 1.600 milhões de euros de fundos sob gestão, dos quais 400 milhões ainda estão disponíveis para investimento em empresas portuguesas. Relativamente aos setores prioritários de investimento, os operadores de Private Equity afirmaram preferir a Indústria das máquinas e equipamento elétrico, os operadores de Venture Capital e os Business Angels dão prioridade ao setor da tecnologia e telecomunicações e os Family Offices escolhem o Imobiliário.

Os principais constrangimentos indicados pelos investidores inquiridos são: obstáculo em obter capital junto de outros fundos para investir, limitações impostas pelos fundos comunitários, ausência de um fundo de fundos, número reduzido de casos de sucesso, dificuldades em coinvestir com as entidades públicas de investimento e a demora da resposta nos processos de candidatura e no reembolso dos fundos comunitários.

Quais as soluções para melhorar o investimento nas empresas portuguesas?

Segundo os inquiridos algumas soluções passam pela promoção de acordos políticos alargados, que visem uma maior estabilidade na legislação e o aumento da celeridade processual dos organismos responsáveis pelos processos judiciais.

No âmbito fiscal, propõem a criação de um regime fiscal mais estável e favorável, evitando a dupla tributação, e no plano dos incentivos, defendem a otimização dos processos de atribuição de fundos comunitários, diminuindo o tempo de resposta e do reembolso dos fundos atribuídos. Os inquiridos ainda advogam o aumento da estabilidade da estrutura e da estratégia das entidades públicas de investimento, e a intervenção do Estado como investidor apenas na ocorrência de falhas de mercado.

Consideram ainda que na atual conjuntura portuguesa, seria relevante a criação de um fundo de fundos e a intervenção do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social como investidor indireto de capital de risco.

O diagnóstico resulta da resposta de 42 investidores a um questionário online e/ou entrevista, que identificou os seus objetivos, os setores prioritários de atuação, os fatores de atratividade para os seus investimentos e as suas disponibilidades, bem como os seus principais constrangimentos e respetivas oportunidades de melhoria neste mercado.

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