Siza Vieira: “Efacec é uma empresa muito importante” e “essencial
O ministro da Economia afirmou que está acompanhar a situação da Efacec. É uma empresa "muito importante" e "essencial" para o futuro da indústria portuguesa, acrescentou Siza Vieira.
O ministro da Economia afirmou que está acompanhar a situação da Efacec, na sequência da saída de Isabel dos Santos do capital, apontando que a empresa é “muito importante” e “essencial” para o futuro da indústria portuguesa.
Na terça-feira, os trabalhadores da Efacec exigiram que o Governo tome “as medidas necessárias” para defender os 2.600 postos de trabalho do grupo, rejeitando que o atual “momento conturbado” – devido ao processo Luanda Leaks – seja “pretexto” para uma maior degradação dos seus direitos.
Questionado sobre o tema, à margem do segundo dia da conferência Building The Future, organizado pela Microsoft Portugal, em Lisboa, Pedro Siza Vieira disse estar a seguir o assunto “com interesse e atenção”.
Referiu que o secretário de Estado da Economia vai reunir-se na quinta-feira com a Comissão de Trabalhadores e no dia seguinte com a Comissão Executiva da empresa, que atravessa um período conturbado. A empresária angolana Isabel dos Santos, envolvida no processo Luanda Leaks, anunciou na semana passada a saída da estrutura acionista.
“A Efacec é uma empresa muito importante, é uma empresa tecnologicamente muito sólida, essencial para o futuro da indústria portuguesa, para os desafios da transição energética, o conhecimento que está ali acumulado tem de ser preservado”, salientou o governante. “Não há razão para preocupação”, rematou.
"A Efacec é uma empresa muito importante, é uma empresa tecnologicamente muito sólida, essencial para o futuro da indústria portuguesa.”
Em 22 de janeiro, a Procuradoria-Geral da República de Angola anunciou que Isabel dos Santos tinha sido constituída arguida por alegada má gestão e desvio de fundos durante a passagem pela petrolífera estatal Sonangol.
De acordo com a investigação do consórcio, Isabel dos Santos terá montado um esquema de ocultação que lhe permitiu desviar mais de 100 milhões de dólares (90 milhões de euros) para uma empresa sediada no Dubai e que tinha como única acionista declarada Paula Oliveira.
A investigação revela ainda que, em menos de 24 horas, a conta da Sonangol no EuroBic Lisboa, banco de que Isabel dos Santos é a principal acionista, foi esvaziada e ficou com saldo negativo no dia seguinte à demissão da empresária da petrolífera angolana.
O EuroBic já anunciou que a empresária vai abandonar a estrutura acionista, o mesmo acontecendo na Efacec. Os três membros não executivos do Conselho de Administração da Nos ligados a Isabel dos Santos saíram também já da operadora de telecomunicações.
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