Sagres e Super Bock lado a lado. Unem-se em campanha contra o racismo

São marcas vistas como "rivais". Mas numa semana marcada pelo episódio de racismo contra o futebolista Marega, Sagres e Super Bock aliaram-se numa nova campanha contra este flagelo social.

Toda a gente sabe que ver futebol puxa a cerveja. E que tal como no desporto-rei, em que cada adepto tem o seu clube do coração, há também uma certa “rivalidade” saudável entre os fãs das duas principais marcas nacionais da bebida alcoólica mais consumida pelos portugueses: a Sagres e a Super Bock.

Menos saudável foi o polémico episódio deste domingo, que envolveu o futebolista Moussa Marega, alvo de cânticos com insultos racistas numa partida entre o Vitória de Guimarães e o FC Porto. Marega, do plantel dos “dragões”, pediu para sair do campo e ser substituído, uma atitude que ajudou a sensibilizar o país para este flagelo enraizado na sociedade.

Face a isto, e para mostrar que somos todos iguais, as duas principais marcas de cerveja, vistas como adversárias, uniram-se numa campanha contra o racismo, aproveitando a oportunidade para chamar a atenção dos adeptos de futebol para este problema.

O anúncio exibe duas garrafas de cerveja, uma da Sagres e outra da Super Bock, com a inscrição: “Contra o racismo, não há rivais”, afirmam, em uníssono.

Sport TV também “repudia” o racismo

Outra marca muito associada ao futebol e que decidiu fazer campanha contra o racismo é a Sport TV. O canal liderado por Nuno Ferreira Pires partilhou uma imagem de um “aperto de mão” nas redes sociais, acompanhada de um breve texto contra este flagelo.

“O racismo não pode ter lugar na sociedade, é crime e a Sport TV repudia, inequivocamente, todo e qualquer comportamento que coloque em causa os valores que defende de igualdade e inclusão, independentemente da cor da pele, raça, religião ou género”, lê-se na mensagem no Facebook.

Contas feitas, o futebol é um negócio milionário, seja pelas transferências de jogadores, seja pelos direitos de transmissão das partidas, entre outros aspetos. E a vasta audiência atrai muitas marcas, que aproveitam para investir e criar campanhas. Porém, as sucessivas polémicas que têm surgido no mundo do futebol nos últimos anos têm levado algumas empresas a repensar esta estratégia.

Isso ficou ainda mais evidente esta semana. Na sequência do caso que envolveu Marega, Daniel Sá, diretor executivo do IPAM e especialista em marketing desportivo, confirmou ao ECO que “grandes marcas estão a equacionar se ainda vale a pena estar no futebol”.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h20)

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