BRANDS' TRABALHO A importância das soft skills
Patrícia Vicente, EY Manager, People Advisory Services, explica porque é que esta é a grande oportunidade de as empresas ganharem maior consciência da revelância das competências comportamentais.
As soft skills, ou competências comportamentais, são competências relacionadas com o saber ser – remetem para a capacidade de as pessoas se relacionarem e interagirem entre si e na forma como agem perante os desafios do seu trabalho.
Até há alguns anos atrás, as soft skills tinham um papel menos relevante nas organizações, ultrapassadas pelas competências técnicas, que durante muito tempo dominavam os requisitos essenciais nos processos de recrutamento e sobre as quais as empresas davam maior importância na constituição das suas equipas. Com a abertura e maior facilidade de acesso à aquisição de competências, nomeadamente técnicas, começamos a assistir uma maior consciencialização de que o conhecimento técnico, sendo fundamental, não é suficiente. A empatia, a capacidade de se relacionar com os outros, a comunicação e a resiliência são neste momento vistas como competências-chave em qualquer organização.
Simultaneamente, o mundo atual das organizações também é muito diferente daquele que existia há uma década atrás. A velocidade, a complexidade, a incerteza e a forte concorrência são hoje realidades que as empresas têm de gerir diariamente através das pessoas que delas fazem parte, com equipas altamente qualificadas, mas também com capacidade de adaptação, flexibilidade e criatividade. A atitude passou a ser um fator diferenciador nas pessoas, em muitas áreas, até de forma mais vincada relativamente ao conhecimento técnico. Se isto é verdade hoje, será ainda mais no futuro!
O atual desafio passa por conseguir desenvolver culturas organizacionais que promovam o desenvolvimento destas soft skills.
A diversidade é uma das oportunidades de desenvolvimento de competências comportamentais. Através da criação de equipas multidisciplinares, com pessoas de diferentes nacionalidades, diferentes backgrounds, experiências, formações ou crenças, cria-se o modelo de análise perfeito para experimentar novas formas de estar e ser, fundamentais para o sucesso das pessoas e das empresas.
Se um mundo em constante evolução tecnológica traz muitas vantagens na forma como vivemos e comunicamos, traz também muitos desafios, especialmente no que se refere ao desenvolvimento e à aplicação de soft skills. O facto de estarmos em constante conectividade dificulta o desenvolvimento de competências relacionais, pois embora estejamos sempre online, reduzimos o contacto pessoal e a conexão entre as pessoas é mais digital que relacional. Cabe às empresas criarem uma cultura interna que promova e estimule o envolvimento e a relação entre as pessoas, conseguindo assim aproximá-las, mesmo que em contextos de base digital, trabalhando assim as soft skills que necessitam.
Na era da digitalização, em que assistimos à automação, inteligência artificial e robotização a substituírem várias tarefas e funções até hoje desempenhadas por humanos, esta é a grande oportunidade de as empresas ganharem ainda maior consciência da importância das soft skills, face à necessidade de mudança e à capacidade de adaptação. Temos não só novas formas de trabalhar, novas ferramentas e também novos “colegas”… Mas temos de continuar a olhar e a centrar-nos no fator humano!
Este trabalho de desenvolvimento das organizações é essencial. Deve ser desenvolvido através de ferramentas de desenvolvimento individual que permitam um crescimento pessoal ao nível da atitude e do comportamento, que passaram a ser os fatores diferenciadores das pessoas e as peças chave no sucesso das organizações.
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