BCP corta spread da casa para 1%. É a taxa mais baixa do mercado
Ao cortar o seu spread mínimo para 1%, o banco liderado por Miguel Maya deixa ainda mais para trás a oferta dos principais concorrentes: BPI, Santander, CGD e Novo Banco.
Novo episódio na “guerra dos spreads” do crédito da casa, cabendo desta vez ao BCP o papel de protagonista. O banco liderado por Miguel Maya cortou, para 1%, o spread mínimo que se dispõe a cobrar aos clientes para financiar a aquisição de casa. Passa a partilhar com o Bankinter a margem mínima mais competitiva do mercado.
O valor do novo spread mínimo surge na atualização de preçário publicada pelo BCP nesta quarta-feira, 4 de março, no respetivo site. A nova margem mínima de 1% compara com os 1,1% que vigoraram na instituição financeira nos últimos seis meses, enquanto a máxima desceu de 2,75% para 2,5%. A última revisão em baixa no leque de spreads do BCP aconteceu em setembro. Contactado pelo ECO para perceber o porquê desta revisão em baixa, o banco não comenta.
Com este corte, o BCP deixa para trás o EuroBic e o Banco CTT com que partilhava até agora a margem mínima de 1,1%, passando a ter a taxa mais atrativa do mercado, a par do Bankinter que desde setembro de 2018 tem um spread mínimo de 1%. E alarga também a distância face às propostas mais competitivas da concorrência direta.
Spreads mínimos em vigor em dez bancos
Fonte: Preçários dos bancos
O BPI e o Santander disponibilizam-se a financiar a aquisição de casas com spreads a partir de 1,2%. Já a Caixa Geral de Depósitos mantém a sua margem mínima nos 1,23%, próxima dos 1,25% exigidos pelo Novo Banco, a instituição com a proposta menos competitiva do mercado. Por sua vez, o Montepio e o Crédito Agrícola disponibilizam margens mínimas a partir de 1,175% e 1,2%, respetivamente.
Os spreads mínimos dos dez bancos mais representativos no mercado de crédito à habitação em Portugal distam no limite 0,23 pontos percentuais entre si, com estes a lutarem entre si no sentido de conseguir os maiores níveis de concessão possível.
Tal insere-se num quadro de juros historicamente baixos, mesmo negativos, onde há todo o incentivo à libertação de liquidez no mercado por parte dos bancos. Os últimos dados disponíveis mostram que a disponibilização de novo crédito para a compra de casa continua em ascensão. Em 2019, os bancos disponibilizaram 10,6 mil milhões de euros em empréstimos com esse fim, o que corresponde a um máximo desde 2008.
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