Dois anos depois, BCP corta spread da casa. Está cada vez mais próximo de 1%

O banco liderado por Miguel Maya colocou a margem mínima que cobra para financiar a compra de casa nos 1,1%. Com esse valor fica apenas atrás do Bankinter e iguala a margem mínima do Banco CTT.

A rentrée após o verão traz um novo episódio na “guerra dos spreads” da casa. O BCP cortou a margem mínima que cobra para disponibilizar financiamento para a compra de casa. O spread mínimo no banco liderado por Miguel Maya passou para 1,1% — a primeira mexida em mais de dois anos — com o banco a dizer adeus à concorrência direta — CGD, Novo Banco, Santander e BPI. O banco fica agora apenas atrás do Bankinter que se mantém com a oferta mais competitiva do mercado.

O valor do novo spread mínimo surge na atualização de preçário publicada pelo BCP nesta segunda-feira, 9 de setembro, no respetivo site. A nova taxa mínima de 1,1%, compara com os 1,25% que vigoravam até agora no banco e que a par do Novo Banco, correspondia à margem mínima mais elevada do mercado.

O banco ultrapassa ainda os 1,23% exigidos pela CGD, a margem mínima de 1,2% que vigora no Santander, BPI, Crédito Agrícola e EuroBic, mas também os 1,175% exigidos pelo Montepio numa campanha que tem em vigor e que termina neste mês de setembro.

BCP aproxima-se dos 1% no spread da casa

Fonte: Preçários dos bancos

O novo spread mínimo do BCP iguala assim o do Banco CCT e fica apenas atrás do Bankinter que há um ano mantém a sua margem mínima nos 1%.

O corte surge dois anos e dois meses (julho de 2017) após a última mexida pelo BCP, e dá seguimento a uma chuva de revisões em baixa de spreads que têm ocorrido desde o início do ano. A mais recente foi feita pelo BPI, em junho, instituição a que coube também dar o pontapé de saída para os cortes de spreads em 2019, em fevereiro.

"Tendo em consideração o contexto de mercado e o reforço crescente da presença junto da base de clientes considerou oportuno ser ainda mais competitivo no crédito habitação.”

BCP

Questionado pelo ECO relativamente à justificação para essa revisão em baixa da sua margem mínima, o banco liderado por Miguel Maya diz que “tendo em consideração o contexto de mercado e o reforço crescente da presença junto da base de clientes considerou oportuno ser ainda mais competitivo no crédito habitação”.

Considerando os dez bancos mais representativos do mercado de crédito à habitação em Portugal, são agora já sete os que procederam a revisões em baixa das suas margens mínimas desde o início do ano. O intervalo entre as propostas mais competitivas mantém-se limitado a 25 pontos base, no intervalo entre 1% e 1,25%.

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