Aviva sobe resultado anual, renova parceria com Santander UK e sai da Indonésia
Boa evolução e temos “muito mais para fazer”, sintetiza Maurice Tulloch, CEO da Aviva, afirmando que a Covid-19 acrescenta “incerteza” para 2020."Estamos preparados para desafios a curto prazo".
A companhia aumentou o resultado operacional em 6%, para 3,18 mil milhões de libras esterlinas, com o volume líquido de prémios na atividade de seguros gerais a progredir 2%, para 9,3 mil milhões de libras (cerca de 10,74 mil milhões de euros ao câmbio corrente). O rácio combinado agravou-se ligeiramente em 2019, alcançando 97,5%, contra 97,2% no final do exercício anterior.
Nos seguros gerais, “as vendas cresceram 2% e a perspetiva é positiva na maioria dos mercados”. No negócio Vida, “os ativos aumentaram em 9%, para 417 mil milhões de libras” e “vamos melhorar o nosso desempenho” com “disciplina na despesa e na área de subscrição”, desenvolve Maurice Tulloch, presidente executivo (CEO) da Aviva Plc, citado no comunicado da companhia.
No mercado doméstico (Reino Unido), o rácio operacional passou de 94,6%, em 2018, para os 97,8%, apesar de um aumento de 1% no valor líquido de novos prémios, cujo montante superou 4,2 mil milhões de libras. Em compensação, o rácio combinado da atividade no mercado canadiano passou de 103,1%, para os 97,8%, com os prémios a crescerem 5% para cima de 3,06 mil milhões de libras. Aliás, em termos de desempenho, o Canadá liderou a recuperação operada em 2019, nota Jason Windsor, administrador financeiro (CFO), no mesmo comunicado.
No conjunto da Europa, o valor líquido de prémios subiu 2%, mas o rácio de desempenho operacional enfraqueceu, passando de 93,5% (2018), para 95,7% no final de 2019.
Tulloch reiterou que o objetivo da companhia é apresentar o que de melhor se faz no setor. Neste sentido, o foco mantém-se no cliente. Em 2019, o número de clientes da companhia aumentou 2%, para 33,4 milhões, notou.
Referindo-se à ameaça potencial da epidemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19), o executivo considera tratar-se de um fator de incerteza para este ano. A companhia “estará focada na prontidão operacional e na segurança dos clientes e dos colaboradores (…)”. A escala, diversidade “e robustez do nosso balanço permite-nos enfrentar os desafios de curto prazo”, acrescentou.
A Aviva Plc acumula um histórico que remete para as origens do mutualismo europeu, nos finais do século XVII, expandindo depois a sua influência para o continente norte-americano, China e Oceania. Chegado ao novo milénio com a designação CGNU (Commercial Union, General Accident and Norwich Union), o conglomerado britânico de seguros foi redenominado Aviva plc em 2002.
Em 2019, a Aviva desembolsou 33,2 mil milhões de libras esterlinas para indemnizações e benefícios a um universo de 33,4 milhões de clientes. As holdings do grupo operam cinco divisões ou áreas de negócio: investimentos, poupança e reforma; Vida no mercado britânico; seguros gerais; Vida Europa; Vida Ásia.
Parceria com Santander UK renovada e saída do mercado indonésio
O grupo Aviva renovou a parceria que, há nove anos, mantém com o Santander UK, filial do banco espanhol no mercado britânico.
A colaboração que aproveita a rede de agências do banco para reforçar a distribuição de seguros de habitação e produtos Vida no retalho britânico vai prolongar-se até junho de 2025 (no ramo habitação e seguros de crédito hipotecário) e até dezembro de 2026 no ramo de seguros Vida.
Noutro azimute, a Aviva Plc anunciou que está de saída do mercado indonésio, tendo alienado a totalidade da sua participação na sociedade conjunta PTG Astra Aviva Life à entidade parceira na joint-venture (PT Astra International Tbk). A transação deverá ficar concluída no quarto trimestre de 2020, adianta a companhia britânica sem indicar montantes envolvidos na venda.
Simultaneamente, o mesmo documento revela que o Bangkok Bank adquiriu o PT Bank Permata Tbk, parceiro da Aviva no negócio indonésio de bancassurance.
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