Covid-19 já se sente nos combustíveis. Abastecer está mais barato
Preços médios de venda ao público dos combustíveis em Portugal sofreram, no mês passado, uma redução, sobretudo devido à pandemia de Covid-19. Este mês, continuam a descer.
O Covid-19 já fez sentir o seu impacto nos preços dos combustíveis. Abastecer o depósito do carro ficou mais barato no mês passado, garante a Entidade Reguladora do Setor Energético (ERSE), sendo que com o acentuar da queda das cotações do petróleo nos mercados internacionais a tendência mantém-se este mês.
De acordo com o mais recente boletim do regulador, em fevereiro “os preços médios de venda ao público dos combustíveis em Portugal sofreram uma redução, sobretudo devido ao impacto da pandemia de Covid-19 na economia global, refletindo-se numa redução de preço das commodities“, como é o caso petróleo.
Assim, depois de uma subida em janeiro, o grande trambolhão nos preços foi sentido no mês de fevereiro: de um aumento de 3,4% no mês anterior, o gasóleo simples caiu agora 3,7%, com o preço médio de venda ao público a passar de 1,465 euros por litro para 1,402 euros por litro (menos 5,4 cêntimos). Num depósito de 55 litros a poupança chega aos 3,69 euros.
Na gasolina 95, a descida em fevereiro foi de 1,6% (em janeiro aumentou 3%), de 1,569 euros por litro para 1,544 euros por litro (menos 2,5 cêntimos), ou seja, uma poupança de 1,4 euros num depósito de 55 litros.
A tendência de queda dos preços continua este mês, com o agudizar da pandemia que já infetou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, levando vários países a pedirem aos cidadãos para não saírem à rua de forma a conter a propagação do vírus. Neste sentido, antevendo uma quebra da procura provocada pela recessão que se adivinha na economia global, o Brent de referência europeia desvaloriza 2,81% para 26,64 dólares por barril, enquanto o WTI perde 3,02% para 23,75 dólares. Ambos os contratos de futuros já caíram cerca de 60% este ano.
Aveiro tem os preços mais baixos. E ninguém bate os hipers
Aveiro foi o distrito que registou os preços de gasóleo e gasolina mais baixos (seguido por Braga, Santarém e Castelo Branco), enquanto Beja e Bragança registaram os valores mais caros face ao preço médio nacional. E, invariavelmente, são os postos de abastecimento dos hipermercados que apresentam os preços mais em conta.
No mês passado, os preços dos combustíveis rodoviários foram mais baixos nos postos de abastecimento operados por hipermercados (cerca de 7% inferiores), seguidos, das cadeias low cost (-5%). Os hipermercados venderam, em média, a gasolina simples 95 a 1,455 €/litro.
Já no caso do gasóleo simples, os hipermercados registaram os preços mais competitivos (em 8,5%), tendo em média disponibilizado ao consumidor no mês de fevereiro gasóleo simples a 1,302 €/litro. Seguem-se os operadores que representam marcas low cost, com preços 6,2% inferiores aos dos postos de abastecimento que operam sob insígnia de uma companhia petrolífera.
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