Corticeira Amorim adia assembleia-geral. REN mantém, mas à distância

A Corticeira Amorim resolveu adiar a assembleia-geral (AG) de acionistas devido ao surto de Covid-19. É a segunda cotada do PSI-20 a tomar esta decisão, enquanto a REN resolveu manter a data, mas avisou os investidores de que a mesma será, exclusivamente, por meios telemáticos.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o conselho de administração da Corticeira Amorim anunciou que considera “não estarem reunidas as condições para a realização da assembleia geral” que estava convocada para dia 20 de abril.

A empresa aponta para a rápida evolução da pandemia de Covid-19, as restrições à circulação, as dificuldades manifestadas por alguns dos acionistas e a “redução significativa” das intenções de participar na AG para explicar o adiamento. “Oportunamente, e nos termos legalmente admitidos, proceder-se-á a nova convocação da assembleia geral anual”, acrescenta.

O Governo alargou o período em que as empresas podem realizar assembleias-gerais anuais até 30 de junho devido ao surto. A Jerónimo Martins também já tinha anunciado que ia aproveitar essa margem para realizar mais tarde a assembleia geral. Em simultâneo, a CMVM emitiu recomendações específicas, nomeadamente aconselhando as cotadas a realizarem as AG de forma remota. É essa a solução encontrada no caso da REN, que irá manter a AG para dia 7 de maio.

“A REN irá proceder à realização da sua Assembleia Geral Anual de Acionistas exclusivamente por meios telemáticos, promovendo o voto antecipado dos acionistas, quer por correspondência postal, conforme sucedeu em anos anteriores, quer introduzindo o voto por correspondência eletrónica e o voto por meios eletrónicos”, informou a elétrica, num outro comunicado ao mercado, também esta quinta-feira.