Merlin encolhe dividendos. Gestão fica sem parte do bónus

Perante a crise provocada pela pandemia, a Merlin vai rever a remuneração a entregar aos seus acionistas. Os gestores vão ver as remunerações variáveis encolher.

A Merlin vai encolher os dividendos a pagar aos acionistas perante a crise provocada pela pandemia. Prepara-se para reduzir o valor da remuneração aos investidores, isto ao mesmo tempo que os gestores da empresa imobiliária espanhola vão ter um corte nos bónus.

De acordo com o comunicado enviado pela Merlin à CMVM, a administração decidiu rever a política de remuneração acionista com base nas contas de 2019. Mantém a parte da remuneração, de 0,14585 euros por ação, com base nos resultados alcançados no ano passado, mas prepara-se para cancelar outra parcela do dividendo, de 0,17415 euros, que vinha das reservas.

A SOCIMI pretende que os acionistas aprovem a delegação no conselho de administração o poder de distribuir aos acionistas esta segunda parcela, sendo que o valor desta será decidido “uma vez feita a avaliação das consequências do Covid-19 no negócio”. “Terão a capacidade para cancelar essa distribuição se as circunstâncias o recomendarem”.

A empresa espanhola, que entrou para a bolsa nacional este ano, já tinha distribuído aos acionistas um dividendo de 20 cêntimos no ano passado, já com base na perspetiva de resultados para 2019. Preparava-se para dar mais 32 cêntimos, totalizando um dividendo de 52 cêntimos por ação, mas parte desses 32 cêntimos está comprometida com o vírus.

Gestores com menos bónus

Ao mesmo tempo que se prepara para encolher a remuneração dos acionistas, a Merlin baixa a dos gestores. No comunicado enviado à CMVM, a SOCIMI revela que o montante a ser alocado à remuneração de todos os diretores vai ser “reduzido em 25%”, sendo que “não será implementado qualquer plano de incentivos de longo prazo em 2020”.

A empresa nota que os diretores executivos “chegaram a um acordo no sentido de renunciarem a qualquer valor a que tenham direito em termos de remuneração variável de curto prazo prevista para o ano fiscal de 2020″.

(Notícia atualizada às 10h11 com mais informação)

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