Bolsa de Lisboa contraria Europa. PSI-20 cai 1% com pressão da EDP

O PSI-20 contrariou os ganhos dos pares europeus, depois de na sexta-feira ter visto a Fitch rever em baixa a perspetiva do rating de Portugal, de "positiva" para "estável". Universo EDP cai quase 2%.

O vermelho imperou na bolsa de Lisboa na primeira sessão da semana e que se seguiu a um corte da perspetiva para a dívida portuguesa por parte da Fitch na última sexta-feira devido aos efeitos do coronavírus. O índice PSI-20 recuou em torno de 1%, em contraciclo com a maioria dos pares europeus, com a totalidade dos seus títulos no vermelho, mas condicionado sobretudo pelo universo EDP.

O principal índice português recuou 1,02%, para os 4.129,5 pontos, em contraciclo com o avanço de 0,43% do Stoxx 600 — referência para as ações europeias.

O recuo da praça bolsista nacional acontece após a revisão do outlook da dívida nacional, de “positivo” para “estável”, por parte da Fitch na sexta-feira passada que manteve, no entanto, o rating do país em “BBB”.

Essa revisão acabou por refletir-se num agravamento dos juros da dívida, com a taxa a 10 anos a subir e a tocar novamente os 1% esta segunda-feira.

A degradação do sentimento também chegou à bolsa de Lisboa, sendo que esta segunda-feira nenhum título do PSI-20 conseguiu escapar ao vermelho.

Mas a maior pressão negativa acabou por ser exercida pelos títulos do universo EDP. As ações da elétrica liderada por António Mexia recuaram 1,62%, para os 3,716 euros, enquanto os da participada liderada por Manso Neto deslizaram 1,67%, para os 10,6 euros.

Nota negativa ainda para o BCP, cujos títulos registaram uma desvalorização de 1,02%, para os 9,75 cêntimos. Esse recuo acontece apesar de notícias a dar conta que o regulador financeiro polaco (KNF) enviou uma solicitação oficial ao Comité de Estabilidade Financeira para reduzir o requerimento de capital na carteira de empréstimos de CHF (francos suíços) de 150% a 100%. “Uma possível redução de requisitos relacionados com as hipotecas em moeda estrangeira é potencialmente positiva”, refere o BPI no seu comentário de fecho de sessão.

Também a Galp não escapou ao vermelho, apesar de com as perdas menos dilatadas da sessão lisboeta: 0,27%, para os 9,60 euros. A petrolífera resistiu assim à forte pressão negativa exercida pelas cotações do petróleo nos mercados internacionais. O preço do barril de crude derrapava mais de 40%, tendo chegado à casa dos 10 dólares nos EUA.

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