“Estou à espera de que não haja cortes drásticos”, diz Ferro Rodrigues

O presidente da Assembleia da República (AR) considera que, face à pandemia, terá de ser feita uma “reconsideração das prioridades em matéria orçamental”, em entrevista ao Público (acesso pago). Questionado sobre alterações no investimento público em infraestruturas, nomeadamente de transportes e de saúde, Eduardo Ferro Rodrigues diz esperar que “não haja cortes drásticos”.

Ferro Rodrigues sublinha a importância do setor público, que diz ter sido demonstrada durante esta crise, “para o emprego e para a defesa da Saúde e da Segurança Social públicas”. Desta forma, espera já este ano um reforço “suplementar” do Serviço Nacional de Saúde e da aposta na digitalização da economia e do ensino.

O presidente da AR não esquece, ainda assim, que será preciso “muito apoio europeu” para ultrapassar esta fase. Apesar de admitir que existe vontade de ajudar por parte da União Europeia, defende que este apoio, até agora, tem sido “muito ligeiro, muito pouco consistente em termos de dimensão”.