Gentiloni quer fundo de recuperação de 1,5 biliões de euros a operar em julho

O comissário europeu para os assuntos económicos, Paolo Gentiloni, quer que o fundo de recuperação tenha 1,5 biliões de euros e comece em julho.

Paolo Gentiloni, um dos responsáveis pela proposta que a Comissão Europeia vai apresentar a 6 de maio, quer que o fundo de recuperação tenha 1,5 biliões de euros e que esteja operacional a partir de julho. “Temos de dar financiamento agora“, disse o comissário europeu para os assuntos económicos à estação de televisão italiana Rai 3 este domingo.

Em causa está o valor e o calendário do fundo de recuperação da União Europeia para a reconstrução da economia após a primeira vaga da pandemia ter passado. Os líderes europeus já concordaram que deve haver um fundo, que este deve ser robusto em valor e que a Comissão Europeia poderá endividar-se para o financiar.

Porém, ainda há vários pormenores a dividir os 27 Estados-membros. A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, que o fundo de recuperação estará na casa dos biliões, e não dos mil milhões de euros, mas o valor final só será conhecido a 6 de maio quando o braço executivo da UE apresentar a sua proposta para o próximo Quadro Financeiro Plurianual (QFP 2021-2027), onde deverá estar inserido este fundo da retoma económica.

Para o comissário Paolo Gentiloni, um dos envolvidos na elaboração dessa proposta, o fundo deveria ter “cerca de” 1,5 biliões de euros, um valor que está em linha com o que avançou o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, também responsável por pastas económicas. É um “tamanho razoável”, considera.

Além do valor, também será importante saber quando é que estes montantes estarão à disponibilidade dos países uma vez que o QFP 21-27 só deverá entrar em vigor a 1 de janeiro de 2021. Gentiloni quer que os fundos estejam já operacionais em julho: “Não podemos esperar dois anos, como aconteceu no final da Segunda Guerra Mundial com o Plano Marshall”. A rapidez do pacote financeiro poderá evitar “os riscos de desequilíbrios” na capacidade de respostas dos países.

Mas o que cria mais divergências neste momento é mesmo a forma como esse dinheiro irá chegar aos Estados, com a maioria a querer subvenções acompanhada de uma minoria que prefere empréstimos. Para o comissário europeu, deve haver uma mistura dos dois, mas não necessariamente numa divisão igual.

Apesar das dificuldades que este dossier ainda terá no futuro, Gentiloni considera que neste momento as decisões já tomadas são “históricas” e mostram como este é um “momento decisivo” para a União Europeia. “Demos saltos gigantescos nesta crise“, afirmou.

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