Em Portugal há 850 quilómetros de praias banhadas pelo Atlântico, diz o Turismo de Portugal. Conheça os areais onde cabem 4.000 ou mais pessoas, de acordo com as contas da APA.
São mais de 3.000 horas de sol por ano e 850 quilómetros de praias banhadas pelo Atlântico. Razões de peso que “fazem de Portugal um destino perfeito para todas as estações, a poucas horas de viagem de qualquer capital europeia”, garante o site oficial de promoção turística do Turismo de Portugal.
Para já, e quase sem turistas à vista por força da pandemia de Covid-19, são sobretudo os portugueses que com o desconfinamento decretado pelo Governo e a chegada do tempo quente têm protagonizado uma corrida às praias do norte ao sul do país, apesar de a época balnear só arrancar oficialmente a 6 de junho e apenas em algumas zonas. Noutras, a época balnear arranca mais tarde, como é o caso da região norte, onde o regresso aos areais com vigilância está agendado apenas para 20 de junho.
Já este fim de semana, e para evitar sair de casa e dar de caras com praias tão cheias que é impossível respeitar o distanciamento de 1,5 metros entre toalhas ou de três metros até ao chapéu-de-sol do vizinho (o que dá 8m2 por pessoa), veja aqui os 25 areais que vão poder acomodar 4.000 pessoas ou mais, consoante as marés, nas regiões do Algarve, Tejo e Oeste, de acordo com as contas feitas pela Agência Portuguesa do Ambiente e divulgadas esta semana. Para as restantes praias do país, a informação será publicada em breve “considerando as respetivas datas de abertura”.
Veja aqui as praias com maior capacidade:
- Nazaré – 17.100
- Fonte da Telha I, II e III (Almada) – 14.500
- Monte Gordo (Vila Real de Santo António) – 12.600
- Praia de Faro (Faro) – 12.600
- São João da Caparica (Almada) – 12.200 máx. / 9.700 min
- Carcavelos (Cascais) – 12.100
- Meia Praia (Lagos) – 11.000
- Praia da Rocha (Portimão) – 8.800
- Foz do Arelho – Lagoa (Caldas da Rainha) – 7.000 máx. / 6.000 min.
- Quarteira (Loulé) – 6.600
- São Martinho do Porto -Norte (Alcobaça) – 6.500 máx./ 5.200 min.
- Manta Rota (Vila Real de Santo António) – 6.300
- Alagoa (Castro Marim) – 6.000
- Foz do Lizandro (Mafra) – 5.300
- Covas de Alfarroba (Peniche) – 5.000 máx / 4.000 min.
- Armona Mar (Faro) – 5.000
- Vilamoura (Loulé) – 5.000
- Ancão (Loulé) – 4.600
- Cabeço (Castro Marim) – 4.500
- Alvor (Portimão) – 4.200
- Rainha (Almada) – 4.200
- Riviera (Almada) – 4.100
- Santo Amaro (Oeiras) – 4.100
- Tavira (Faro) – 4.100
- Culatra (Faro) – 4.000
Selecionámos também as praias onde cabem 100 pessoas ou menos e ainda as que, segundo a APA, podem apresentar “eventuais problemas de lotação”, mesmo sendo consideradas como grandes. Saiba quais são.
100 pessoas ou menos
- Marinha (Lagoa) – 15 min. / 20 máx.
- Arrifes (Albufeira) – 30 min. / 40 máx.
- Camilo (Lagos) – 40 min. / 60 máx.
- Benagil (Lagoa) – 50 min. /100 máx.
- Tremoços (Lagoa) – 60 min. / 80 máx.
- Albandeira (Lagoa) – 70 min. / 80 máx.
- Azarujinha (Cascais) – 100
- Pedra do Ouro (Alcobaça) – 100
Praias com “eventuais problemas de lotação”: Rocha, Armação de Pera, Quarteira, Faro e Monte Gordo.
Veja as praias ao “vivo e em direto” na internet
Antes de sair de casa com a toalha às costas, pode sempre também consultar a aplicação Info Praia no seu telemóvel, que será atualizada em tempo real com a taxa de ocupação de todas as praias, ou então consultar o site Beachcam, com as suas mais de 70 câmaras (live cams) apontadas para as ondas do mar e a transmitir ao vivo e em direto as imagens de muitos areais portugueses. Esta página online foi criada sobretudo a pensar nos surfistas, mas este ano poderá ser muito útil para evitar as enchentes à beira mar.
Outra forma de evitar multidões passa por escolher praias de difícil acesso, não vigiadas. O comandante-geral da Polícia Marítima já admitiu que, numa época balnear “atípica”, devido à pandemia de Covid-19, com regras especiais de afastamento física, será normal as pessoas irem para praias não vigiadas. Será pior isso dada “especial atenção” a estas praias no verão, reforçando a vigilância quando se verificar um maior número de banhistas nessas zonas. O programa “SeaWatch” existe há dez anos e vigia as zonas balneares mais recônditas com um todo-o-terreno pelo areais.
“O que pretendemos é que as praias não estejam lotadas e as pessoas se distribuam pelas praias de maior capacidade”, afirmou Sousa Pereira no Parlamento esta terça-feira.
Desde esta terça-feira, 26 de maio, estão já em vigor as novas regras para a época balnear de 2020. Uma delas diz respeito à instalação de uma “sinalética tipo semáforo”: sinal verde para quando apenas um terço da praia estiver ocupada (baixa); amarelo para dois terços do areal com pessoas (elevada); ou vermelho para uma ocupação plena (três terços).
Ao ECO, fonte oficial da APA explicou que “não haverá um semáforo à entrada da praia. A informação relativa à ocupação da praia será divulgada na aplicação Info Praia, com um sistema de cores — verde, amarelo e vermelho –, e também na praia, com colocação de uma bandeira e/ou outra sinalética apropriada, de acordo com este sistema de cores”.
Diz ainda a APA que em contexto Covid-19 “garantir a distância de segurança pode implicar a redução da capacidade de ocupação do areal em determinadas praias”, enquanto nas de grande dimensão a taxa de ocupação pode aumentar porque “os utilizadores estão mais disponíveis para ocuparem uma área de areal que ultrapassa os limites das áreas de conforto”.
Os critérios para determinar a capacidade das praias são: definição da área de areal utilizável para a prática balnear, tendo como referência o limite lateral das praias; avaliação da influência das marés no areal; utilização de uma área de 8,5 m2/pessoa, considerando o distanciamento físico necessário por razões sanitárias; arribas em risco e lugares de estacionamento.
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Conheça as 25 praias onde vai caber mais gente (e outras onde vai ser difícil pôr o pé)
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