Sindicatos aceitam proposta da EDP de aumento médio de 80 euros nos salários mais baixos
Fiequimetal adianta que a proposta de revisão salarial prevê ainda a subida do salário de admissão na EDP para os 1.000 euros, sem que esta medida comprometa a evolução salarial da generalidade.
A Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Energia e Minas (Fiequimetal) aceitou a proposta de tabela salarial da EDP garantindo um aumento médio de 80 euros mensal para os salários mais baixos.
Em comunicado, emitido na sexta-feira à noite, a Fiequimetal adianta que a proposta de revisão salarial prevê ainda a subida do salário de admissão na EDP para os 1.000 euros, sem que esta medida comprometa a evolução salarial da generalidade dos trabalhadores.
Assinalando que este acordo não usa a percentagem como regra absoluta para definir a atualização salarial, mas um valor em numerário como meio de aproximação dos salários, algo que sucede pela primeira vez, esta estrutura sindical considera, por isso, que o acordo alcançado tem uma “expressão extremamente importante, não por ser globalmente um resultado de excelência’, mas por alterar questões que eram intransponíveis, até agora”.
“Só a pressão realizada pelos trabalhadores e os sindicatos da Fiequimetal permitiu inverter a tendência de desvalorização dos salários nas bases remuneratórias mais baixas”, lê-se no mesmo comunicado que refere o facto de este acordo incorporar uma reivindicação dos sindicados que, desde 2014, exigiam a subida do salário base de entrada, o que vai ser concretizado com a eliminação do nível 1 desta base de entrada passando a ser considerado o nível 2.
Em paralelo, os níveis 3, 4 e 5 desta mesma base remuneratória terão igualmente uma atualização superior ao aumento mínimo para as bases remuneratórias seguintes. Esta medida, acentua a Fiequimetal, “atenua o fosso salarial”, ao garantir um amento médio de cerca de 80 euros para as bases remuneratórias mais baixas (do nível 3 ao 5).
Nas bases remuneratórias mais altas (dos níveis 8 a 22), o aumento será de 1%, arredondado ao euro superior, tal como para as restantes rubricas de expressão pecuniária, estas arredondadas ao cêntimo. Em 6 de maio a EDP apresentou aos sindicatos uma proposta de aumento salarial de 0,6%, que foi considerada insuficiente pelos representantes dos trabalhadores.
No decurso das negociações entretanto realizadas, a Fiequimetal, umas das estruturas sindicais mais representativas dos trabalhadores da EDP, baixou a sua proposta salarial de 90 euros por trabalhador para 80 euros por trabalhador.
Após este acordo salarial, a Fiequemetal quer avançar já com a negociação de outras matérias, algo que começará a ser abordado numa reunião a realizar em 17 de junho. A EDP, adianta ainda a Fiequimetal, apresentará nesse dia uma listagem dos 140 trabalhadores que estão estagnados há muito tempo e que esta federação exige que sejam reclassificados em funções de nível superior.
A EDP tem cerca de 6.000 trabalhadores.
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