Tesouro quer colocar até 1.500 milhões em dívida a dez anos
Portugal volta ao mercado na próxima semana, já depois de o Banco Central Europeu ter anunciado um reforço da bazuca no valor de 600 mil milhões de euros.
Portugal volta ao mercado na próxima semana. Depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter anunciado um reforço da bazuca no valor de 600 mil milhões de euros, o IGCP vai emitir dívida de longo prazo, pretendendo obter até 1.500 milhões de euros junto dos investidores.
O “IGCP vai realizar no próximo dia 10 de junho, pelas 10h30, dois leilões das obrigações do Tesouro com maturidade em 21 de julho de 2026 e 18 de outubro de 2030, com um montante indicativo global entre 1.250 milhões e 1.500 milhões“, refere a agência liderada por Cristina Casalinho.
A agência responsável pela gestão da dívida portuguesa tem vindo a reforçar as operações de financiamento no mercado no âmbito da pandemia, procurando captar mais liquidez para permitir a resposta do país à crise provocada pelo Covid-19.
Este emissão de dívida a seis e a 10 anos sucede a uma outra realizada em maio, em que o IGCP contou com uma taxa de 0,852% no prazo a 10 anos, sendo expectável que os juros baixem no novo leilão.
O leilão de dívida vai realizar-se depois de Christine Lagarde, presidente do BCE, ter avançado com um reforço do programa de compra de dívida pública de 750 mil milhões para 1.350 mil milhões de euros, tendo este sido estendido até meados do próximo ano.
Esta decisão do BCE colocou pressão nos juros dos vários países do euro, levando a yield da dívida portuguesa a 10 anos a baixar dos 0,5%. Na sessão desta sexta-feira, as taxas estão praticamente inalteradas, com os investidores a exigirem 0,51% para investirem na dívida nacional, ainda assim menos que os 0,54% de Espanha.
(Notícia atualizada às 13h18 com mais informação)
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Tesouro quer colocar até 1.500 milhões em dívida a dez anos
{{ noCommentsLabel }}