Arquivo da New Yorker, Vogue e Vanity Fair vai estar à venda

São fotografias com mais de cem anos que contam a história mundial da moda e dos media. Para combater a perda de receitas publicitárias, a Condé Nast vai colocar o espólio à venda.

O espólio das publicações da Condé Nast, do qual são exemplo títulos como a Vanity Fair, a The New Yorker e a Vogue, vai ser vendido. Os planos foram revelados esta quinta-feira pelo The New York Times, que apelida o material de uma “mina de ouro”. E o motivo é simples: o estado incerto do negócio dos media.

Há mais de 100 anos que a empresa publica jornais, revistas, faz sessões fotográficas que percorrem o mundo e cria capas que marcam o ano. Tudo isso está a poucos metros da sede da empresa, em Nova Iorque, no One World Trade Center, o edifício construído após o ataque de 11 de setembro de 2001. Os materiais estão armazenados num outro edifício que tem um armário de armazenamento a frio.

“Isto é a história da moda”, afirmou o atual diretor do arquivo, Ivan Shaw, ao The New York Times, que chegou a ser o diretor de fotografia da Vogue. Um dos achados mais antigos é a primeira capa da Vogue, publicada a dezembro de 1892. Este é um dos exemplos do que será explorado comercialmente pela Condé Nast muito em breve para combater a perda de receitas no negócio principal.

Em causa está a criação de edições limitadas com impressões especiais, t-shirts feitas à medida com certas imagens, canecas, mochilas, entre outros materiais. Para captar a atenção, a empresa vai convidar os novos influenciadores, que estão nas redes sociais, principalmente os relacionados com o vídeo, para discutir as peças que vão ser comercializadas, recordando as histórias e o passado.

Tudo isto vai estar na Condé Nast Editions, uma nova loja online da empresa que está a ser criada pela equipa de Ivan Shaws. A prioridade do departamento de arquivo deixou de ser a preservação para ser a comercialização desse espólio, dada a queda de receita vinda da publicidade, explorando assim novas formas de rendimento. “Há uma história sobre todas as imagens de um artista”, refere Shaws,

Editado por Mariana de Araújo Barbosa (mariana.barbosa@eco.pt)

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