Juros sobem na Europa. Portugal acima dos 4%
Aceleração das expectativas de subida de juros pela Fed e relativamente ao aumento do número de leilões em janeiro suporta agravamento das yields da dívida soberana na Europa.
O último dia da semana ficou marcado pela continuação da tendência de agravamento dos juros da dívida soberana europeia. As taxas até registaram uma subida mais expressivas lá fora, mas a yield nacional a 10 anos renovou máximos de quase um ano acima da fasquia dos 4%.
O aumento dos juros atinge tanto as economias periféricas como as maiores economias europeias. Os juros da dívida a portuguesa a 10 anos sobem perto de 2 pontos base para os 4,046%, renovando máximos de fevereiro do ano passado.
No mesmo sentido, seguem as yields espanholas e italianas, para o mesmo prazo. Estas sobem 6 e 3 pontos, respetivamente, para 1,54% e 1,959%. Já as bunds alemãs no mesmo prazo, sobem 6 pontos, para os 0,304%, com dívida nacional a conseguir encurtar assim o spread face à dívida germânica.
Yields nacionais a 10 anos
O agravamento dos juros acontece no mesmo dia em que dados divulgados nos EUA apontam para que, em dezembro, tenha ocorrido a maior subida dos salários dos trabalhadores desde o ano de 2009. Esta divulgação levou o mercado a antecipar uma aceleração do calendário de subida de juros pela Fed, o que poderá também influenciar a agenda de política de juros por parte do Banco central Europeu.
Outra explicação para o agravamento dos juros que tem atingido a dívida soberana Europeia neste arranque de ano é atribuído ainda ao facto de o mês de janeiro costumar ser bastante intenso em termos de leilões de dívida para a maioria dos países. Uma parte da queda das obrigações portuguesas (subida das yields) pode ser explicada pelas perspetivas de uma maior oferta de leilões por parte do IGCP.
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