Tem carro elétrico? Prepare-se para começar a pagar pelos carregamentos
Todos os postos de carregamento passam a ser pagos. Custos serão suportados pelos cerca de 40 mil utilizadores de veículos elétricos e híbridos plug-in que existem a circular nas estradas nacionais.
Quem tem carro elétrico, já não vai conseguir carregá-lo sem pagar. Depois de ter acabado a “borla” nos postos de carregamento rápido, chega agora a vez de também os postos de carregamento normal passarem a ser pagos. Arranca esta quarta-feira, 1 de julho, a cobrança da energia consumida por estes consumidores.
Os postos de carregamento rápido, bem como os carregadores localizados em espaços privados já tinham iniciado a cobrança deste serviço, respetivamente, em 1 de novembro de 2018 e 1 de abril de 2019. Agora, chega a vez dos restantes.
“No dia 1 de julho de 2020 termina o período transitório da rede Mobi.E, iniciando-se o pagamento dos carregamentos nos postos de carregamento normal de acesso público”, diz a empresa em comunicado publicado no seu site.
Para utilizarem todos os postos da rede Mobi.E, os utilizadores vão ter que recorrer a um cartão de acesso à rede de mobilidade elétrica, emitido por um dos Comercializadores de Eletricidade para Mobilidade Elétrica (CEME). Ou seja, tal como já acontece no caso dos postos de carregamento rápido, também nestes, lentos, será necessário ter um contrato com um dos vários operadores.
"No dia 1 de julho de 2020 termina o período transitório da rede Mobi.E, iniciando-se o pagamento dos carregamentos nos postos de carregamento normal de acesso público.”
Até agora, para utilizar estes postos de carregamento normal, de forma gratuita, os utilizadores tinham um cartão fornecido pela Mobi.E. Esses cartões vão agora deixar de funcionar. Deixam “assim de ser válidos os cartões que foram emitidos pela gestora dos postos”, diz a empresa responsável pela gestão dos mais de 600 postos de carregamento normal existentes no país.
O valor a pagar por cada carregamento rápido irá variar de comercializador para comercializador, não sendo possível antecipar o custo. No caso dos postos rápidos, cada CEME apresenta os seus valores, sendo que o utilizador tem de pagar taxas de acesso à rede, taxas para contratos bi e tri-horário, e ainda o Imposto Especial sobre Consumo, bem como a comissão da Mobi.E, que por enquanto é de zero.
Estes custos serão suportados pelos cerca de 40 mil utilizadores de veículos elétricos e híbridos plug-in que existem a circular nas estradas nacionais, um número que tem crescido exponencialmente à boleia da crescente oferta por parte das fabricantes de automóveis, da descida do preço destas soluções, mas também dos apoios do Estado à compra destes veículos.
Este ano, o Governo dotou o Fundo Ambiental de uma soma de quatro milhões de euros, disponibilizando um total de 1.000 “cheques” para a compra de carros elétricos de passageiros por parte de particulares (700) e empresas (300), além de outros 300 para a aquisição de veículos ligeiros de mercadorias. O valor desses apoios varia entre os 3.000 euros para particulares e os 2.000 euros no caso das empresas.
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