TAP desfaz-se de seis aviões. Estuda saídas adicionais de aeronaves

"Estão a ser estudadas saídas adicionais de aeronaves por forma a alinhar com o plano de frota atualmente em revisão", diz a TAP.

Depois dos fortes prejuízos nos primeiros três meses do ano, e perante os efeitos da pandemia, a TAP está a reajustar a dimensão da sua frota de aeronaves. Chegaram novos aviões no arranque do ano, mas deverão deixar o serviço seis aeronaves este ano, estando a ser equacionadas “saídas adicionais”.

“No que se refere à frota, durante o primeiro trimestre de 2020 entraram em operação três aviões de nova geração Airbus (2 A330 neo e 1 A321 neo), tendo saído de operação 1 A319, terminando a TAP o trimestre com uma frota de 107 aviões (incluindo aviões regionais operados pela Portugália e White)”, revela a empresa.

“Tendo em consideração o impacto do Covid-19 na indústria em geral e na TAP, em particular, o Conselho de Administração iniciou um processo de
análise da capacidade instalada, o qual poderá vir a resultar numa restruturação da frota”, diz a empresa em comunicado enviado à CMVM. “Prevê-se para o período remanescente de 2020 (após 31 de março) uma redução líquida da frota, incluindo a saída já confirmada de 6 aviões (1 A321, 1 A320, 3 A319 e 1 E190) que terminam contrato em 2020”.

Para além destas aeronaves, a TAP diz que “estão a ser estudadas saídas adicionais de aeronaves por forma a alinhar com o plano de frota atualmente em revisão”.

Recorde-se que a Comissão Europeia deu autorização para um empréstimo até 1.200 milhões de euros do Estado à TAP, dinheiro esse que terá de ser reembolsado em seis meses. Perante a dificuldade em fazer esse reembolso, a empresa terá de apresentar um plano de reestruturação que obrigará a redimensionar a companhia aérea.

O Governo também já sinalizou que a TAP poderá ter de voar com menos aviões, embora defenda que o país não passará a ter uma “TAPzinha”. Além dos aviões, também poderão sair trabalhadores, embora Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas, tenha vindo dizer que não é impossível reestruturar a empresa sem despedimentos.

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