Leão satisfeito com dívida a 15 anos com juro inferior a 1%, apesar da crise

O Ministério das Finanças mostra-se satisfeito com a emissão de dívida a 15 anos com um juro de 0,928%, apesar da crise pandémica. A procura foi 10 vezes superior à oferta.

O Ministério das Finanças considera que as condições da emissão de dívida desta quinta-feira refletem a “confiança dos mercados” na economia portuguesa e nas contas públicas, apesar da crise pandémica. A emissão sindicada a 15 anos, no valor de quatro mil milhões de euros, fechou com uma taxa de juro de 0,928%.

“Verificou-se, assim, nos últimos dois anos, e apesar da atual situação de crise provocada pela pandemia da Covid-19, uma melhoria significativa das condições de financiamento do Estado, refletindo a confiança dos mercados na retoma da economia portuguesa e no desempenho das contas públicas“, lê-se no comunicado do Ministério das Finanças divulgado esta quarta-feira ao final da tarde.

O Ministério liderado por João Leão assinala ainda a dimensão da procura dos mercados por dívida portuguesa: “A procura superou os 40 mil milhões de euros, sendo assim mais de 10 vezes superior ao montante colocado“.

Na última emissão a 15 anos que a República portuguesa realizou, em abril de 2018, Portugal colocou três mil milhões de euros a uma taxa de 2,325%, numa altura em que os juros da dívida portuguesa no mercado secundário estavam em níveis acima dos atuais. Nessa emissão, a procura tinha sido de 16 mil milhões de euros, isto é, cinco vezes superior à oferta.

Esta operação sindicada realizada hoje é idêntica àquela que o IGCP realiza todos os anos nos primeiros meses do ano, que tem permitido ao país assegurar logo grande parte das necessidades de financiamento em cada exercício. Habitualmente são obtidos cerca de três a quatro mil milhões de euros.

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