Reino Unido prevê gastar 705 milhões de libras no reforço das fronteiras pós-Brexit

  • Lusa
  • 12 Julho 2020

Com o fim do período de transição pós-Brexit, o Reino Unido prevê uma despesa de 705 milhões de libras para reforçar as fronteiras.

O Reino Unido anunciou este domingo um pacote de 705 milhões de libras (768 milhões de euros) destinado ao reforço das suas fronteiras para preparar o processo de transição pós-Brexit até ao fim do ano.

Num artigo publicado no Sunday Telegraph, o ministro de Estado, Michael Gove, referiu que este montante permitirá assegurar que “as novas fronteiras” do país fiquem prontas para o controlo do Reino Unido.

Questionado pela Sky News este domingo, o governante afirmou que o controlo de fronteiras arranca em 1 de janeiro de 2021, após o fim do período de transição, iniciado em 31 de janeiro passado, para permitir aos dois parceiros negociar as relações após o Brexit (saída da União Europeia).

O investimento, que inclui despesas a contratação de cerca de 500 agentes da polícia para as fronteiras e infraestruturas, vai tornar as fronteiras inglesas “as mais eficazes do mundo até 2025”, afirmou Michael Gove.

“Quer Londres e Bruxelas cheguem ou não a acordo sobre a sua relação pós-Brexit, estaremos fora do mercado comum e da união aduaneira”, sublinhou. Uma nova ronda de negociações com a União Europeia deverá começar em 20 de julho em Londres.

À BBC, Michael Gove falou de “progresso”, apesar das “divisões” que restam, explicando que está “otimista” sem estar “excessivamente entusiasmado”. O ministro mostrou-se tranquilo quanto a um email no qual a ministra do Comércio Internacional, Liz Truss, adverte que o plano adotado pelo Governo corre o risco de promover contrabando e prejudicar o país no contexto internacional.

No correio eletrónico endereçado a Gove e ao ministro das Finanças, Rishi Sunak, e divulgado pelo jornal Business Insider, a ministra destaca a abordagem gradual do Governo britânico, nos casos em que o controlo sobre bens importados da União Europeia não vai ser implementado de imediato, mas antes vai ser “vulnerável” a processos perante a Organização Mundial do Comércio.

“Faz parte do processo natural, num Governo, que um ministro ponha em prática propostas” de outro, disse Michael Gove.

O Governo vai também lançar uma vasta campanha de informação para empresas e cidadãos e “aproveitar as oportunidades” que o acredita que vão surgir com a saída do Reino Unido da União Europeia, votada no referendo de junho de 2016.

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