Wall Street em baixa sem acordo entre republicanos e democratas

Chegou uma nova proposta de estímulos nos Estados Unidos, mas a oposição dos democratas e de alguns republicanos está a impedir que haja otimismo entre os investidores, ao contrário do que aconteceu na primeira sessão da semana. Assim, Wall Street está a negociar em queda enquanto os mercados digerem os resultados de várias cotadas.

O Dow Jones está a ceder 0,33% para os 26.496,54 pontos, o S&P 500 está a desvalorizar 0,19% para os 3.233,33 pontos e o Nasdaq recua 0,24% para os 10.481,87 pontos.

Esta segunda-feira os senadores republicanos anunciaram um novo pacote de estímulos no valor de um bilião de dólares, que foi coordenado com a Casa Branca, a quatro dias de milhões de norte-americanos começarem a perder os subsídios de desemprego. Contudo, a proposta encontrou imediata oposição por parte dos democratas e de alguns republicanos, segundo a Reuters.

A contrariar esta tendência negativa em Wall Street está a época de resultados. De acordo com informação da Refinitiv, cerca de 80% de 130 das cotadas do S&P 500 que anunciaram resultados ultrapassaram as previsões de lucro, as quais têm vindo a ser revistas em baixa pelos analistas. A expectativa está agora nos resultados da Apple, Amazon, Alphabet e Facebook.

Uma das cotadas em destaque na sessão de hoje é o McDonalds — que teve fechar restaurantes durante a pandemia — que anunciou uma quebra das vendas superior à esperada, falhando nas expectativas relativas aos lucros. As ações da cadeia de restaurantes estão a cair mais de 2%.

Por outro lado, a Pfizer vê os seus títulos a subirem mais de 3% na sequência da melhoria das previsões para 2020, fruto de uma maior procura por medicamentos, nomeadamente contra o cancro. Esta segunda-feira, após o fim da sessão, a farmacêutica norte-americana anunciou também que está a fazer um estudo mundial pioneiro para avaliar uma vacina contra o novo coronavírus.

Os investidores aguardam também que indicações dará a Reserva Federal norte-americana na reunião desta quarta-feira. Os analistas esperam que Jerome Powell, presidente da Fed, irá abrir o caminho para mais ações — ou seja, mais estímulos monetários — nas últimas reuniões deste ano.