Veículo abalroado por Alfa Pendular terá passado sinal vermelho
Acidente entre Alfa Pendular e máquina ferroviária de manutenção em Soure, na linha do Norte, que motivou a morte de pessoas na passada sexta-feira poderá ter sido provocado por um erro humano.
O acidente de comboio junto a Soure na linha do Norte que motivou a morte de pessoas na passada sexta-feira poderá ter sido provocado por um erro humano. O Veículo de Conservação de Catenária (VCC), que foi abalroado pelo Alfa Pendular terá passado um sinal vermelho e entrou na Linha do Norte, refere um relatório do organismo responsável pela investigação a que o ECO teve acesso.
Segundo uma Nota Informativa do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), o VCC “do gestor da infraestrutura tinha marcha estabelecida para a sua deslocação entre o Entroncamento e Mangualde”, era tripulado por dois trabalhadores (as duas vítimas mortais) e “não iria realizar quaisquer trabalhos no decurso da sua viagem”.
Pelas 15h12, explica o GPIAAF, o VCC parou na via de resguardo da estação de Soure a aguardar pela passagem do Alfa Pendular mas, alguns momentos depois, “por razões, que neste momento estão indeterminadas e que serão aprofundadas no decurso da investigação, o VCC reinicia a sua marcha, ultrapassando o sinal que se mantinha com aspeto vermelho“.
Certo é que o descarrilamento de um comboio Alfa Pendular, no concelho de Soure, distrito de Coimbra, com 212 passageiros, provocou dois mortos — os operadores da máquina da Refer contra a qual o comboio Alfa Pendular colidiu — e 44 feridos, oito dos quais graves, segundo a última atualização do Comando Distrital de Operações (CDOS) de Coimbra.
Quarenta e um dos 44 feridos do descarrilamento do comboio Alfa Pendular já tiveram alta e os outros três permanecem internados, disseram hoje à Lusa fontes hospitalares.
Para além das razões prováveis para o choque entre os dois veículos, o relatório preliminar dá ainda conta dos prejuízos envolvidos, sendo que estes caem no intervalo que pode ir de um mínimo de 150 mil euros a um máximo de dois milhões de euros.
(Notícia atualizada às 13h33)
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