Em que países as apps de “contact tracing” têm mais adesão?

Todos os meses aumenta a lista de países que recorrem a aplicações móveis para rastrearem possíveis infeções por Covid-19. Mas onde é maior a adesão a estas soluções?

O contact tracing digital parece ter vindo para ficar, apesar dos receios quanto a possíveis ameaças à privacidade dos cidadãos. Todos os meses, cresce a lista de países com pelo menos uma aplicação de rastreamento de possíveis contactos com pessoas infetadas com Covid-19. Mas em quais terão maior adesão?

Enquanto Portugal ainda aguarda a disponibilização da app, Espanha, França, Suíça e Alemanha são exemplos de países europeus que já têm aplicações de contact tracing. Geralmente, o funcionamento é simples. A app corre em segundo plano nos telemóveis dos utilizadores e, através do Bluetooth, deteta e alerta caso tenha havido um contacto de proximidade com alguém entretanto diagnosticado com Covid-19.

Não há uma centralização de dados sobre a adesão a este tipo de soluções por cada país, nem os poucos números existentes são totalmente precisos. Ainda assim, é possível indicar quais os países onde estas ferramentas estarão a captar mais utilizadores voluntários.

A Índia lidera esta “corrida”, mas isso também deve ser visto à luz do facto de ser um dos países mais densamente populados do mundo. Apesar de ter várias aplicações de contact tracing, uma delas, designada de Aarogya Setu, e que é recomendada pelo governo indiano, terá sido descarregada mais de 131 milhões de vezes, de acordo com a BBC. A aplicação causou polémica em abril, depois de ter sido exposta por jornalistas do The New York Times uma vulnerabilidade através da qual a Google tinha acesso à localização precisa dos utilizadores.

Mais perto de Portugal, a Alemanha é outro case study. A aplicação Corona Warn-App foi lançada a 16 de junho. Cerca de um mês depois, a 14 de julho, registava 15,7 milhões de downloads em Android e iOS, de acordo com o Robert Koch Intitut, o organismo público alemão que gere a resposta e a prevenção de doenças. A Alemanha tem cerca de 83 milhões de habitantes, mas a comparação deve ser feita com cautela: o numero de downloads não traduz, necessariamente, o número de pessoas que a usam.

Mas apesar de não existirem dados precisos, os promotores destas aplicações voluntárias têm boas razões para apelas à sua utilização: segundo um estudo da Universidade de Oxford, este tipo de aplicações ganha eficácia a combater a pandemia quanto mais pessoas a usarem. O estudo concluiu mesmo que, se 60% da população instalar uma determinada solução, é teoricamente possível travar a pandemia sem medidas adicionais.

Quanto custa fazer uma máscara? Quanto gasta cada família com as telecomunicações? Quanto cobra uma imobiliária para vender a casa? Ou qual a profissão mais bem paga do país? Durante todo o mês de agosto, e todos os dias, o ECO dá-lhe a resposta a esta e muitas outras questões num “Sabia que…”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Em que países as apps de “contact tracing” têm mais adesão?

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião