Consumo de energia elétrica atinge mínimos de 2005
O consumo de energia elétrica caiu 4,3% até julho ou 5% com a correção de temperatura e dias úteis, atingindo o valor mais baixo desde 2005, segundo dados da REN.
O consumo de energia elétrica caiu 4,3% até julho ou 5% com a correção de temperatura e dias úteis, atingindo o valor mais baixo desde 2005, segundo dados da REN – Redes Energéticas Nacionais, divulgados esta segunda-feira.
“O acumulado do ano regista agora uma variação negativa de 4,3% ou 5% com correção de temperatura e dias úteis, tratando-se, para este período, do consumo mais baixo desde 2005”, indicou, em comunicado, a REN.
Em julho, o consumo de energia elétrica registou uma recuperação “face ao que se tem verificado nos últimos meses, ficando em linha com o registado no mesmo mês do ano anterior, com uma variação nula”.
Porém, considerando a correção dos efeitos de dias úteis e temperatura, acima dos valores normais, a variação foi negativa em 3,5%, embora inferior às totalizadas desde abril.
No mês de referência, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 0,65 (média histórica igual a 1), enquanto o índice de produtibilidade eólica registou 0,86 (média histórica igual a 1). Por sua vez, a produção renovável foi responsável pelo abastecimento de 35% do consumo nacional e a não renovável por 48%, sendo os restantes 17% abastecidos com energia importada. Nos primeiros sete meses do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 0,94 e o de produtibilidade eólica em 0,86.
Também de janeiro a julho, a produção renovável abasteceu 60% do consumo, dividida pela hidrelétrica (28%), eólica (23%), biomassa (7%) e fotovoltaica (2,6%). “A produção não renovável abasteceu 32% do consumo, praticamente apenas com gás natural, mantendo-se o carvão com produção reduzida, representando menos de 1% do consumo. O saldo de trocas com o estrangeiro é equivalente a cerca de 8% do consumo nacional”, apontou a empresa liderada por Rodrigo Costa.
Já no mercado de gás natural verificou-se uma recuperação face aos últimos meses, embora tenha totalizado uma quebra homóloga de 2%, “resultado de uma variação negativa de 6,2% no segmento convencional e positiva de 2,9% no segmento de produção de energia elétrica”. O consumo acumulado do ano verificou uma contração de 4,8%, sendo que o segmento convencional apresentou um retrocesso de 9%, enquanto o de produção de energia elétrica avançou 4,4%.
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