Lufthansa com perdas trimestrais recorde já despediu 8.300 trabalhadores
A companhia aérea alemã registou perdas de 3,6 mil milhões de euros no primeiro semestre do ano, devido à pandemia. Só no segundo semestre alcançou um recorde de perdas de 1,7 mil milhões.
A Lufthansa registou perdas de 3,6 mil milhões de euros no primeiro semestre do ano, devido à pandemia de coronavírus e já cortou 8.300 postos de trabalho. Apesar de ter alcançado um plano de regaste no valor de nove mil milhões de euros com o Governo alemão, a companhia aérea não descarta mais despedimentos.
A companhia aérea alemã, que viu o número de passageiros cair 96% no período de abril a junho para 1,7 milhões de passageiros, registou uma perda líquida de 3,6 mil milhões de euros no primeiros seis meses deste ano, incluindo 1,7 mil milhões no segundo trimestre de 2020, segundo o Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês). Esta foi a maior queda trimestral alguma vez registada. Contas feitas, a perda acumulada no primeiro semestre foi de 2,9 mil milhões de euros.
No primeiro semestre, o volume de negócios caiu para 8,3 mil milhões de euros, menos 52% em comparação com o período homólogo de 2019) e sofreu um prejuízo operacional de 3,5 mil milhões de euros, quando há um ano tinha registado um lucro de 417 milhões de euros.
Estes resultados ilustram a escalada da queda global nas viagens aéreas face às restrições provocadas pela pandemia de Covid-19. No entanto, de acordo com dados de tráfego da Autoridade Nacional da Aviação Civil, citados pelo Jornal de Negócios (acesso pago), a Lufthansa foi a companhia aérea que mais passageiros transportou em junho nos aeroportos portugueses, destronando, pela primeira vez, a TAP. Foram 36.719 passageiros.
Para minimizar os impactos da pandemia, a Lufthansa anunciou esta quinta-feira que já despediu 8.300 funcionários, mas já avisou que o corte de trabalhadores pode alcançar os 22.000 trabalhadores. Embora o objetivo fosse “evitar o mais possível despedimentos”, as condições do mercado e o “curso das negociações dos acordos necessários com os sindicatos” significavam que “este objetivo já não está realisticamente ao alcance da Alemanha”, justifica o grupo. Além disso, vai aposentar 100 aeronaves.
A Lufthansa está sujeita a um plano de resgate por parte do Governo alemão, já que, em junho, a Comissão Europeia deu “luz verde” à ajuda estatal no valor de nove mil milhões de euros. Segundo a empresa, esta reestruturação tornará possível “refinanciar os fundos do pacote de estabilização o mais rápido possível”, assegurou a Lufthansa.
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