O aumento de capital do BCP em cinco números
Aumento de capital do BCP arranca esta semana. Quanto vale? Quanto custa? Em que dia começa? O ECO selecionou os números que tem de saber sobre a operação do banco português.
Números, números e mais números. Arranca esta semana a operação de reforço de capitais do banco português. Qual o montante? Para que serve? Quanto custa? O ECO seleciona os cinco números que tem de saber sobre o aumento de capital do BCP.
1.330 milhões
É o montante do aumento de capital que o BCP vai realizar. O banco vai emitir mais de 14 mil milhões de novas ações ao preço 9,4 cêntimos e a operação já tem, à partida, sucesso garantido. Há um sindicato de bancos que assegura a concretização da oferta. Mas também há um acionista que já se comprometeu (irrevogavelmente) a participar no aumento. É dinheiro fresco que entra na instituição, mas os 1.300 milhões já têm destino. Qual?
700 milhões
É a parte deste aumento de capital será destinado ao reembolso da dívida ao Estado, as chamadas obrigações convertíveis que o banco vendeu no âmbito do recurso à linha de recapitalização estatal. O banco devolveu 50 milhões de euros no final do ano passado para evitar a venda do negócio na Polónia. Agora pretende pôr fim à permanente ameaça de nacionalização com a devolução dos 700 milhões em CoCo’s já em fevereiro. E já tem luz verde do Banco Central Europeu (BCE) para proceder ao pagamento.
Outra parte do aumento será utilizado para melhorar a posição financeira do banco. O BCP considera que vai elevar o rácio de capital para um nível acima de 11%, antecipando a concretização do objetivo para 2018. As autoridades europeias exigem um rácio de 8,15%, um nível que permite ao banco sobreviver em caso de maior aperto económico.
9,4 cêntimos
É o valor de cada uma das 14.169.365.580 novas ações que vão ser emitidas. Representa um desconto de 38,6% face ao valor teórico dos títulos após a concretização do aumento de capital de 15,32 cêntimos. É por causa deste preço que as ações do BCP estiveram sob forte pressão na semana passada — banco chegou a perder 20% do seu valor em bolsa.
15 novas ações
Por cada ação detida até ao dia 16 de janeiro, os acionistas recebem um direito que garante a subscrição de 15 novas ações ao preço de 9,4 cêntimos cada. Ou seja, se detiver 1.000 ações do BCP irá receber mil direitos após o ajustamento das ações (que acontece a 17 de janeiro). Poderá exercer estes direitos para ficar com mais 15 mil novas ações do BCP, um exercício que implicará um investimento de 1.410 euros.
17 de janeiro
É a primeira sessão de bolsa em que as ações do BCP negoceiam sem direitos. Assim, se quiser participar no aumento, tem até às 16h30 da sessão do dia 16 para comprar títulos do banco que conferem acesso às novas ações. A 19 de janeiro tem início o período de subscrição e transação de direitos. A 3 de fevereiro termina a operação — consulte aqui o calendário da operação.
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