“Estamos a avaliar a operação em Portugal”, diz a Ryanair

  • Lusa
  • 1 Setembro 2020

Ryanair está “a fazer uma avaliação agora sobre os custos de pessoal e aeroportos e qual a situação de quarentena em Portugal".

O presidente executivo da Ryanair disse, em entrevista à Lusa, que a companhia aérea está a “avaliar a operação em Portugal”, nomeadamente em termos de custos, referindo que pretende manter o maior número de empregos possível.

“Temos de cortar os nossos custos de trabalho no curto prazo, mas não de forma pouco razoável. Temos de cortar agora e depois restaurar o pagamento, para tentar manter os postos de trabalho, o mais possível”, indicou Eddie Wilson.

O presidente da Ryanair pretende chegar a um acordo nesse sentido com os trabalhadores portugueses, indicou.

“Temos um sindicato muito vocal, que não conseguiu um acordo com a Ryanair e que parece passar todo o seu tempo com a comunicação social em vez de com a companhia e acho isso lamentável, especialmente tendo em conta que conseguimos concluir acordos na maioria dos outros países europeus”, assegurou.

Indicou ainda que o grupo está “a fazer uma avaliação agora sobre os custos de pessoal e aeroportos e qual a situação de quarentena em Portugal, para decidir quais serão os números do tráfego [que pretende atingir]”.

Eddie Wilson defendeu ainda que a empresa é um “um grande contribuidor para a economia portuguesa”, operando “o ano todo”, e apoiando o turismo e o emprego.

No dia 21 de agosto, o diretor de Recursos Humanos da Ryanair disse, em entrevista à Lusa, que há “uma perspetiva real de cortes selvagens em Portugal” na temporada de inverno em termos de capacidade e aviões, devido à pandemia de Covid-19.

“Estamos a enfrentar tempos muito incertos, e há uma perspetiva bem real de cortes selvagens em Portugal este inverno em todas as nossas bases, em termos de capacidade e em termos de aviões”, disse o diretor de Recursos Humanos da Ryanair, Darrell Hughes, numa entrevista por telefone à Lusa.

Instado a concretizar e a dar números, o responsável da companhia aérea irlandesa de baixo custo referiu que “há a possibilidade de cortes selvagens em qualquer lado” na operação da empresa na Europa, remetendo para o anúncio já feito de que a empresa iria cortar 20% do seu horário planeado para setembro e outubro.

Darrell Hughes lembrou que a empresa tem um acordo com os pilotos “para manter as pessoas empregadas, o que pelo menos lhes dá alguma proteção”, mas afirmou que “não está em modo de recrutamento”, mas sim “em modo de sobrevivência e reconstrução”.

O diretor da Ryanair disse ainda que, tal como a empresa já tinha adiantado à Lusa, não planeia “usar nenhum pessoal da Crewlink no inverno”, numa referência à empresa de trabalho temporário que opera há mais de 10 anos em Portugal e tem como único cliente a Ryanair.

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