Ramalho admite “pequenas desconformidades” e não exclui nova injeção no Novo Banco
O presidente executivo do Novo Banco admite em entrevista que houve "pequenas desconformidades" identificadas pela auditoria da Deloitte, mas assegura que vendeu os ativos ao preço de mercado.
António Ramalho admitiu este sábado, em entrevista à TSF, que há conclusões da auditoria da Deloitte que refletem “pequenas desconformidades”, mas que estas são “desconformidades acessórias e operacionais” que se verificam em todos os mandatos. Numa altura em que já foi noticiado que o Governo poderá não prever nenhuma injeção no Novo Banco no Orçamento do Estado para 2021, o presidente do Novo Banco diz não coloca de parte nenhum cenário, argumentando, no entanto, que é “mais útil” financiar o Novo Banco “para que ele fique bom”.
Quanto aos beneficiários últimos e efetivos das vendas, Ramalho recorda que “a Lone Star já veio dizer que não compra rigorosamente ativos nenhuns do Novo Banco porque está proibido por contrato“. O CEO do banco assegura que o Fundo de Resolução conhece os beneficiários últimos das operações e que enviará essa informação para o ministro das Finanças, mas não poderá divulgado por obrigações de sigilo.
Relativamente à venda dos ativos, nomeadamente imóveis, o presidente executivo do Novo Banco rejeita a ideia de que houve um “grande desconto”, garantindo que foram vendidos ao “preço de mercado”. “Toda a gente diz ‘foi vendida com um grande desconto’. Não! Foi vendido ao preço de mercado. Nós fazemos estas vendas porque somos obrigados a fazer estas vendas. A lei bancária não nos permite deter mais de dois anos os imóveis que não são afetos à exploração. Portanto temos que os vender”, explicou.
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