Carlos César diz que o próximo Presidente da República deve atuar “contra todos os extremismos”
Presidente do PS considera que o próximo chefe de Estado português deve contribuir para a estabilidade política e atuar contra todos os extremismos.
O presidente do PS, Carlos César, disse este domingo que o próximo chefe de Estado português deve ser um “contribuinte da estabilidade política”, atuando “contra todos os extremismos” e valorizando as autonomias da Madeira e Açores.
“Dentro de pouco tempo teremos as eleições presidenciais, onde todos nos devemos envolver para garantir que o Presidente da República seja um contribuinte da estabilidade política, da cooperação entre os órgãos de soberania, empenhado no diálogo social, contra todos os extremismos, zelando pela confiança do povo nas instituições, um presidente de una e não divida mais os portugueses”, declarou.
Carlos César falava na sessão de encerramento do XIX congresso do PS/Madeira, que decorreu no Funchal, confirmando a liderança de Paulo Cafôfo, que foi eleito em julho décimo presidente do partido na região, numas eleições internas na qual foi o único candidato.
“Também é importante um presidente que valorize e confie nas autonomias insulares dos Açores e da Madeira“, disse, realçando que os processos de descentralização da autonomia local e de institucionalização das autonomias regionais “muito devem” ao Partido Socialista.
"Dentro de pouco tempo teremos as eleições presidenciais, onde todos nos devemos envolver para garantir que o Presidente da República seja um contribuinte da estabilidade política, da cooperação entre os órgãos de soberania, empenhado no diálogo social, contra todos os extremismos.”
O presidente do PS afirmou que o partido não recebe lições de autonomismo de ninguém, vincando que o seu empenhamento vai para além das dimensões jurídicas e institucionais.
“Nunca faltámos, no nosso país, quando foram necessários mais e mais recursos, por exemplo para a Madeira, mesmo quando foram imprescindíveis para defender a Madeira dos desastres financeiros a que nos conduziram, muitas vezes, a ação dos governos regionais do PSD nesta região”, disse.
Carlos César referiu que os socialistas portugueses colocam agora “muita confiança e muita esperança” no PS/Madeira, o maior partido da oposição, na preparação de uma “alternativa competente” nas próximas eleições legislativas regionais, em 2023.
“O que desde já vos posso dizer, como presidente do Partido Socialista, é que podem contar, estou certo, com o apoio ativo dos socialistas portugueses, mas a regra deve ser clara: na Madeira, somos o PS/Madeira, nos Açores, somos o PS/Açores”, observou, sublinhando que, no geral, o partido deve estar “unido, solidário e a remar para o mesmo lado”.
Carlos César alertou, por outro lado, para o grande desafio que é controlar a pandemia de covid-19 e operar a recuperação económica e social do país e das regiões.
“Estarão ao dispor da Madeira grandes somas de dinheiro, de fundos europeus e programas específicos, que esperamos que a União Europeia agilize rapidamente”, disse, advertindo que o PS tem a “grande responsabilidade” de não permitir a “má utilização e a má execução” desses “vultuosos recursos”.
“Não serão muitas, nem próximas, as oportunidades que todo esse dinheiro proporcionará e bem sabemos que o PSD da Madeira é muito expedito a gastar, mas muito destituído a investir com rigor e com reprodutividade”, declarou.
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