Insolvências aceleram em Portugal. Hotelaria e restauração no top
Setembro "afirma-se como o mês deste ano com maior número de insolvências, 660 registos". No global do ano, em contexto de pandemia, houve já 3.877 insolvências.
As insolvências continuam a crescer, num contexto de crise provocada pela pandemia. Registaram em setembro um forte aumento, tendo este sido o mês com maior número de empresas portuguesas a declararem falência: 660.
De acordo com dados da Iberinform, setembro “afirma-se como o mês deste ano com maior número de insolvências, 660 registos. Face ao ano passado, este valor traduz um incremento de 53,5%. Este é o valor mais elevado verificado em setembro desde 2017″.
No global do ano, “há registo de 3.877 insolvências, com mais 424 empresas insolventes, o que traduz um incremento de 12,3% face ao período homólogo de 2019”. Foi declarada a insolvência de 2.100 empresas, mais 220 que no mesmo período do ano passado, enquanto “os encerramentos com planos de insolvência tiveram uma redução de 15%”.
“O setor transformador é o que regista o maior número de insolvências até final de setembro (917), seguido pelos serviços (776), construção e obras públicas (540), comércio a retalho (461), comércio por grosso (452) e hotelaria e restauração (340)”, diz a Iberinform.
Contudo, “o maior aumento percentual pertence ao setor das telecomunicações (+166,7%), seguido pela hotelaria e restauração (+30,8%) e pelos serviços (+22,8%)”, nota. Só a agricultura, caça e pesca apresenta uma variação negativa de 9,1%, enquanto o “setor da eletricidade, gás e água tem uma variação nula face a de 2019 (oito insolvências)”.
Lisboa e Porto dominam. Castelo Branco com forte aumento
Por distritos, Lisboa e Porto mantêm as posições dianteiras em termos de insolvências nos primeiros nove meses deste ano. A cidade Invicta lidera em valores absolutos com 986 insolvências contra 806 em Lisboa”, diz a Iberinform. “Em termos percentuais, Lisboa apresenta um incremento de 18,5% face ao desempenho de 2019, enquanto o Porto vê o indicador crescer 12,9%”.
“Contudo, os maiores aumentos verificam-se em Castelo Branco (*56,4%), Angra do Heroísmo (+46,2%), Faro (+39,7%), Viana do Castelo (+39,2%), Madeira (+26,3%), Évora (+23,3%) e Beja (+20%)”, refere. Num cenário de incremento de insolvências há, contudo, quatro distritos com variações negativas: Horta (-33,3%), Coimbra (-19,8%), Guarda (-15,2%) e Aveiro (-0,3%). Vila Real tem variação nula, com 32 insolvências.
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