Bacelar Gouveia investigado por atribuir diplomas em troca de diamantes
Bacelar Gouveia, ex-deputado do PSD está a ser investigado no âmbito da Operação Tutti-Frutti numa altura em que está prestes a ser nomeado juiz Conselheiro no Supremo Tribunal de Justiça.
Jorge Bacelar Gouveia, professor universitário e ex-deputado do PSD está a ser investigado no âmbito da Operação Tutti-Frutti. Prestes a ser nomeado juiz Conselheiro no Supremo Tribunal de Justiça, Bacelar Gouveia é suspeito de facilitar a atribuição de doutoramentos a alunos de alguns Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP’s) a troco de contrapartidas, como diamantes, avança a TVI e a Sábado.
Esta investigação ao constitucionalista nasce da “Operação Tutti-Frutti”, quando a Polícia Judiciária teve conhecimento de conversas telefónicas entre Bacelar Gouveia e o antigo deputado do PSD Sérgio Azevedo, seu aluno na Universidade Nova e a preparar um doutoramento.
Na altura, já o Conselho Superior da Magistratura recebeu uma denúncia mas ainda assim o juiz concorreu ao Supremo Tribunal de Justiça como “jurista de mérito”. À Sábado, o professor universitário garantiu nunca ter sido ouvido pelo MP sobre estes factos. “Não sei de nada”, declarou. Mas contactado pelo ECO, Bacelar Gouveia não se mostrou disponível para prestar declarações. Tal como a PGR que não confirmou a existência de um inquérito a decorrer contra o ex-deputado social-democrata.
A investigação desta operação remonta a 2017, sendo Carlos Eduardo Reis, antigo conselheiro nacional do PSD, o principal suspeito desta alegada teia de crimes de corrupção, participação económica em negócio, tráfico de influência e eventual financiamento político, que envolvem ainda outras personalidades do PS e do PSD. No centro da operação estão adjudicações superiores a um milhão de euros de juntas de freguesia de Lisboa a militantes destes dois partidos.
Carlos Eduardo Reis é dono de uma empresa da área da jardinagem, em Barcelos, e é indiciado de ter obtido contratos duvidosos de autarcas, essencialmente do PSD, entre outros crimes. Para além deste, Luís Newton, presidente da Junta de Freguesia da Estrela, em Lisboa, é um dos outros principais suspeitos.
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