Novas infeções por Covid-19 atingem recorde de 3.960. Morreram mais 24 pessoas

Nas últimas 24 horas foram identificados 3.960 novos casos de Covid-19 em Portugal. É um novo máximo. O Norte ultrapassou a região de Lisboa, como a região com mais casos desde o início da pandemia.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 3.960 novos casos de infeção por coronavírus, um novo recorde diário, elevando para 128.392 o número de infetados desde o início da pandemia. Trata-se de uma subida diária de 3,18%. O número total de vítimas mortais subiu para 2.395 após terem sido registadas mais 24 mortes nas últimas 24 horas.

É o segundo dia consecutivo acima da fasquia dos três milhares de novas infeções diárias, tendo Portugal registado 3.960 novos casos nas últimas 24 horas, acima do anterior recorde registado a 24 de outubro. Ao mesmo tempo, o número de mortes diminuiu ligeiramente: nas últimas 24 horas morreram 24 pessoas, menos quatro do que no dia anterior. Destes óbitos, 11 foram na região Norte, oito em Lisboa e Vale do Tejo, quatro no Centro e um no Alentejo.

Há agora 51.996 pessoas (casos ativos) a lutarem contra a doença, mais 2.279 pessoas do que no balanço anterior. Também neste âmbito é um novo máximo, sendo a primeira vez que Portugal ultrapassa a barreira dos 50 mil casos ativos. Tal como tem sido a tendência verificada nos últimos dias, a maioria dos novos casos foi registada na região Norte. Dos 3.960 novos casos confirmados no total das últimas 24 horas, 2.114 localizam-se nesta região (53,4%), seguidos pela região de Lisboa e Vale do Tejo, que contabilizou 1.105 novas infeções (27,90%).

Neste contexto, o Norte ultrapassou Lisboa e Vale do Tejo (LVT), sendo a região com mais casos até ao momento: 56.122 pessoas infetadas e 1.053 mortes. Seguida, como referido, por LVT (com 55.478 casos e 955 mortes), do Centro (10.877 casos e 304 mortes), do Algarve (2.579 casos e 25 mortes) e do Alentejo (2.558 casos e 43 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 353 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 425 pessoas infetadas e continua sem registar nenhuma vítima mortal.

Boletim epidemiológico de 28 de outubro

Quanto à caracterização clínica, a maioria dos infetados está a recuperar em casa, sendo que 1.794 estão internados (mais 47 face ao dia anterior), dos quais 262 em unidades de cuidados intensivos (mais nove). Há ainda 62.457 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, ou seja, mais 2.394 do que no balanço de terça-feira.

Os dados revelados pelas autoridades de saúde dão ainda conta de mais 1.657 recuperados, um número bastante inferior relativamente ao último balanço. No total, mais de 74 mil pessoas recuperaram da doença.

Testes antigénio “farão parte da resposta”. Portugal encomenda um milhão

Na conferência de imprensa desta quarta-feira, o secretário de Estado da Saúde notou que o país atravessa uma “fase crítica da pandemia” e que, havendo “guidelines nacionais”, a “gestão no terreno está a ser bem feita pelos profissionais de saúde”. Contudo, António Lacerda Sales alertou para a necessidade de “não confundir urgência com imediatismo e, muito menos, com mediatismo”.

O secretário de Estado adiantou que, a partir de 9 de novembro, os “testes rápidos antigénio farão parte da resposta à pandemia”, estando atualmente a ser “ultimados os procedimentos para a sua operacionalização e para a efetiva utilização no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“No dia 21 [de outubro], o Ministério da Saúde manifestou interesse na aquisição” de um milhão de testes antigénico. “Isto vai permitir-nos, em casos específicos, sermos mais céleres”, disse Lacerda Sales. “Portugal vai beneficiar ainda do financiamento europeu da Cruz Vermelha para o fornecimento destes testes, cuja primeira tranche está prevista para a primeira semana de novembro”, revelou.

O presidente Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) disse, na mesma conferência de imprensa, que “Portugal acompanha tudo o que se faz a nível europeu” e, neste caso, “está também na linha da frente”. Fernando de Almeida notou que alguns países já utilizam estes testes de uma forma não regular, em projetos, “mas que outros já os utilizam, sobretudo, em diagnósticos normal e em conceito de surtos”.

Uma das necessidades que estes testes vão trazer tem a ver com a “formação específica”. “Não podemos dar a entender que são testes que podem ser feitos por qualquer profissional ou pessoa”, explicou o presidente do INSA.

(Notícia atualizada às 16h18 com mais informação)

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