Pandemia trava subida dos preços das casas em quase todo o país. Só cinco municípios foram exceção
No segundo trimestre os preços das casas subiram 9,4%, o que mostra uma desaceleração do ritmo de crescimento. Ainda assim, houve cinco municípios a registar uma aceleração dos preços.
Os preços das casas subiram 9,4% entre abril e junho, contudo, esta evolução mostra uma desaceleração no ritmo de crescimento deste indicador. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor mediano da habitação está agora nos 1.187 euros por metro quadrado. Ainda assim, houve cinco municípios a registar uma aceleração do crescimento dos preços de habitação.
Este preço mediano nacional de 1.187 euros por metro quadrado representa uma redução de 1,4% face ao primeiro trimestre deste ano, mas também mostra um aumento de 9,4% face ao segundo trimestre de 2019. “A evolução da taxa de variação homóloga entre o primeiro e segundo trimestre de 2020 — de 14,4% para 9,4% –, evidencia a desaceleração do ritmo de crescimento dos preços”, refere o INE.
Mas, apesar desta desaceleração nacional observada em quase todo o país, houve cinco municípios com mais de 100.000 habitantes a contrariar esta tendência, ou seja, onde o ritmo de crescimento dos preços continua a acelerar. Santa Maria da Feira viu os preços subirem 2,7 pontos percentuais (p.p.), à frente de Guimarães (7.2 p.p.) e do Porto (3,1 p.p.). Mais a sul, o Seixal observou uma aceleração de 2,7 p.p. e Oeiras de 1 p.p.
39 municípios superam média nacional. Lisboa está no topo
Entre abril e junho, período de forte impacto da pandemia, houve quatro regiões em que o preço mediano da habitação superou os 1.187 euros/m2 de média nacional: Algarve (1.807 euros por metro quadrado), Área Metropolitana de Lisboa (1.601 euros/m2), Região Autónoma da Madeira (1.310 euros/m2) e a Área Metropolitana do Porto (1.196 euros/m2).
Numa análise mais detalhada, houve 39 municípios cujo preço mediano superou a média nacional. Como tem sido habitual, Lisboa está no topo com uma mediana de 3.376 euros por metro quadrado, à frente de Cascais (2.737 euros/m2), Oeiras (2.268 euros/m2), Loulé (2.240 euros/m2) e Albufeira (2.000 euros/m2). O Porto aparece na oitava posição com 1.905 euros por metro quadrado.
Em termos das freguesias das duas maiores cidades do país, em Lisboa, Santo António e Santa Maria Maior registaram os preços mais elevados — 5.550 euros/m2 e 5.111 euros/m2, respetivamente –, enquanto no Porto o destaque foram a União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde e a União de Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos, com 2.708 euros/m2 e 2.354 euros/m2, respetivamente.
(Notícia atualizada às 12h03 com mais informação)
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Pandemia trava subida dos preços das casas em quase todo o país. Só cinco municípios foram exceção
{{ noCommentsLabel }}