Pandemia leva Wall Street à pior semana desde março
A pandemia de coronavírus continua a abalar os mercados, devido às restrições por causa do crescente número de casos de infeção. Esta foi a pior semana desde março nas bolsas dos EUA.
A pandemia de coronavírus continua a marcar os dias e pelas piores razões. O número de pessoas infetadas não pára de aumentar, assim como as restrições que os países estão a implementar para evitar a propagação da doença que têm impactos na economia. Wall Street viveu mais um dia de quedas, castigado pelas tecnológicas. Registou a pior semana desde março.
O índice de referência S&P 500 caiu 1,15% para 3.272,18 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones que cedeu 0,59% para 26.501,60 pontos. Pelo mesmo caminho foi o Nasdaq ao recuar 2,45% para 10.911,59 pontos. Na semana, Dow e S&P 500 caíram 6,5% e 5,6%, respetivamente, enquanto o índice tecnológico perdeu mais de 5%.
O dia foi marcado por fortes quedas no setor da tecnologia, com a Apple a cair 5,57% para 108,90 dólares, depois de ter registado a maior quebra dos últimos dois anos nas vendas trimestrais do iPhones, e tudo devido ao lançamento tardio dos novos smartphones.
Destaque ainda para as ações da Amazon que desvalorizaram 5,39% para 3.038,03 dólares, depois de ter antecipado um aumento dos custos devido à pandemia. Enquanto isso, o Facebook perdeu 6,08% para 263,75 dólares ao alertar para um 2021 mais difícil do que este ano.
Além das empresas do setor da tecnologia, a pesar nos mercados continua a estar a pandemia. Esta semana foi pior desde março, com vários países a registarem novos recordes no número de infetados, aumentando os receios quanto ao impacto económico das medidas para contar as infeções. Os EUA atingiram um recorde na média de novos casos nos últimos sete dias.
“Os desenvolvimentos médicos, as políticas de estímulo económico e a esperança de um regresso aos níveis de atividade económica pré-pandemia trouxeram um impulso nos mercados”, escreveram analistas da MRB Partners, numa nota nota citada pela CNBC. “No entanto, o aumento de novas restrições económicas, especialmente na Europa, apesar de ser previsível, só chamou a atenção dos investidores [para o contexto de crise], provocando perdas acentuadas” nas bolsas.
A somar a tudo isto há ainda as eleições norte-americanas. Trump e Biden vão a votos na terça-feira, 3 de novembro, não sendo ainda certo quem sairá vencedor, assumindo o comando daquela que é a maior economia do mundo.
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