Lucros da Semapa encolhem 35% até setembro, mas aceleram no 3º trimestre

  • ECO
  • 30 Outubro 2020

A Semapa viu os lucros encolherem em 35% até setembro devido à pandemia, mas registou uma recuperação no terceiro trimestre deste ano.

A Semapa lucrou menos 35% nos primeiros nove meses do ano devido à pandemia, face a igual período do ano passado, mas registou uma recuperação no terceiro trimestre deste ano, com os negócios da “holding” a reagirem positivamente à reabertura da economia.

Nos primeiros nove meses deste ano, o grupo liderado por João Castello Branco registou um resultado líquido de 72,8 milhões de euros, o que representa uma quebra de 35,1% face a igual período do ano passado. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Imobiliários (CMVM), a empresa justifica este resultado “não só pela redução do EBITDA, como também por efeitos cambiais negativos na Secil (real brasileiro), refletidos nos resultados financeiros”.

Ainda assim, depois do desconfinamento e com a abertura gradual das economias “verificou-se uma melhoria de performance em todos os segmentos de negócio da Semapa durante o terceiro trimestre face ao trimestre anterior”, salienta a empresa. Nesse contexto, no terceiro trimestre deste ano, o resultado líquido da Semapa atingiu os 42,5 milhões de euros, valor que compara com os 13,1 milhões no trimestre anterior, ultrapassando também em 10,2% os 38,6 milhões face a igual período de 2019.

Quanto ao EBITDA — lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações — entre janeiro e setembro de 2019, a Semapa atingiu os 326,1 milhões de euros, valor que compara com os 392 milhões de euros registados em igual período do ano passado. No terceiro trimestre deste ano, o EBITDA aumentou 45,8% para os 122,8 milhões de euros, face ao segundo trimestre do ano e menos 3,7% em igual período do ano passado.

A contribuir positivamente para estes resultados estiveram, os segmentos do cimento (+24,2%), particularmente em Portugal, bem como do Ambiente (+47,4%). Neste contexto, a margem EBITDA consolidada foi de 22,5%, menos 0,8 pontos percentuais do que no período homólogo de 2019.

Nos primeiros nove meses do ano, o volume de negócios do grupo cedeu 14% para 1.447 milhões de euros. Ainda assim, entre julho e setembro deste ano, período marcado pelo desconfinamento, as vendas cresceram 20,9% para 505,2 milhões de euros, em comparação com o trimestre anterior e caíram 10,4% face ao terceiro trimestre de 2019. Entre o segundo e o terceiro trimestre, o resultado líquido foi de 29,4 milhões de euros.

Além disso, a dívida líquida remunerada reduziu-se em todos os segmentos de negócio, tendo atingido os 1.239 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, ou seja, menos 232 milhões de euros face ao final de 2019 e menos 107 milhões de euros do que no final do segundo trimestre deste ano.

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