Snapchat angaria investidores sem direito de voto
A poucos meses da IPO, a tecnológica americana quer vender títulos sem direito a voto. E é provável que o consigam fazer.
A Snap Inc. ainda não entrou na bolsa de valores, mas já está a ditar as regras aos seus futuros investidores. O The Wall Street Journal avançou esta terça-feira que a tecnológica está a planear vender títulos sem direitos de voto.
Os donos da aplicação sensação, Evan Spiegal e Bobby Murphy, pretendem manter apenas 45% da empresa, mas querem controlar os votos, com 70% deste direito. Isto vai fazer com que sejam apenas eles a ditar o futuro da empresa, a escolher os membros da administração e vai-lhes permitir protegerem-se da pressão dos investidores mais ativos.
A prática de constituir vários tipos de ações já é corrente entre as empresas de tecnologia, como a Facebook e a Google, ainda assim este é um passo bastante arrojado da empresa dos dez segundos, visto que ainda não tem quaisquer provas dadas.
A notícia surge depois de o The Guardian ter noticiado que a empresa está a inflacionar o valor da entrada em bolsa em detrimento dos lucros. Os dois jovens (bilionários) afirmaram ao WSJ que esta operação será feita “em nome da transparência”.
Mesmo assim, numa altura em que se especula que a empresa vá conseguir uma avaliação entre 20 mil milhões e 25 mil milhões de dólares, é muito provável que os investidores comprem estas ações, exatamente pelo lucro que elas poderão trazer. A oferta pública inicial deverá ocorrer daqui a dois meses.
Editado por Mariana de Araújo Barbosa (mariana.barbosa@eco.pt)
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