Xi diz que a China vai duplicar rendimento per capita nos próximos 15 anos
O Presidente chinês quer que o país se foque na inovação e na autossuficiência tecnológica como "núcleos" estratégicos para os próximos cinco anos.
O Presidente chinês, Xi Jinping, considerou esta terça-feira “inteiramente possível” a China duplicar a sua produção económica total e o seu rendimento ‘per capita’ até 2035 e entrar no grupo das economias de alto rendimento nos próximos cinco anos.
Num discurso divulgado pela agência noticiosa oficial Xinhua, na sequência da última reunião do Comité Central do Partido Comunista da China (PCC), Xi também alertou para “fatores instáveis e incertezas no panorama internacional” e “riscos e perigos ocultos que podem ter impacto no desenvolvimento económico da China”.
“A pandemia da covid-19 teve um impacto de longo alcance e a economia mundial pode sofrer uma recessão”, disse Xi, no seu discurso, no final da reunião, que encerrou com a proposta da China se focar na inovação e na autossuficiência tecnológica como “núcleos” estratégicos para os próximos cinco anos.
Segundo a Xinhua, Xi optou por “manter um equilíbrio entre a abertura e a autossuficiência” para que a China se “adapte melhor às circunstâncias” e exortou os líderes do país a “realizarem esforços para prevenirem os riscos que podem impedir a modernização da China”. Conforme a nota divulgada no final da sessão plenária, Xi disse esperar que, “em 2020, o PIB da China atinja 100 biliões de yuan (12,72 biliões de euros)”.
Em paralelo, na proposta para os próximos cinco anos, o Comité Central do PCC anunciou como meta para 2035 transformar o país “num líder mundial em inovação” e “alcançar um novo processo de industrialização e urbanização”, assim como garantir a existência de um “Estado de direito”.
Até então, o “PIB da China terá atingido o nível de países moderadamente desenvolvidos”, enquanto “o tamanho da classe média terá expandido significativamente”, reduzindo as desigualdades. Os líderes chineses defenderam ainda que a China se torne “um país forte nas áreas cultura, educação, desporto e saúde”.
As emissões de dióxido de carbono “diminuirão gradualmente” e atingirão o pico em 2030. O país alcançará também a “modernização do seu Exército e da sua Defesa Nacional”.
O Comité Central definiu as diretrizes políticas e económicas para o novo plano quinquenal com o objetivo de “construir um novo padrão de desenvolvimento”, baseado na procura interna. “É preciso promover a dupla circulação nacional e internacional, estimular o consumo e ampliar o espaço de investimentos”, lê-se no comunicado difundido após o encontro.
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