Trump e Biden já votaram. Milhões desafiam pandemia para escolher próximo Presidente
Os norte-americanos são chamados às urnas num dos piores momentos da pandemia. Os candidatos, Trump e Biden, já depositaram os seus votos, numa das mais disputadas corridas à Casa Branca.
Quando as urnas abriram nos EUA esta terça-feira, já 100 milhões de norte-americanos tinham enviado os seus votos por correspondência. Um número recorde, que sugere que estas serão das presidenciais mais disputadas da história do país.
De um lado, o Presidente incumbente, sempre polémico, Donald Trump. Do outro, o democrata e antigo vice-presidente na Administração Obama, Joe Biden.
A esmagadora maioria das sondagens colocam o democrata na frente da corrida. Se Trump vencer, significará um falhanço ainda maior das previsões do que o de há quatro anos, em que Hillary Clinton perdeu a Casa Branca apesar de liderar nos inquéritos de opinião.
Por isso, poucos arriscam certezas desta vez. E nem é certo que a noite eleitoral termine com um vencedor definido. Os norte-americanos poderão acordar na quarta-feira sem saber quem é o líder do país.
Os votos por correspondência levam mais tempo a contar. Facto que tem levado os especialistas a alertar que poderão passar semanas até se saber quem venceu a corrida. Há receios de que Trump se precipite e declare uma vitória prematura, o que poderia lançar a maior economia do mundo num grave caos político.
Nos debates, confrontado com as sondagens, Trump não se comprometeu com uma transição pacífica de poder caso perca as eleições para Biden, o que alimentou ainda mais esses receios. Já esta terça-feira, o Presidente serenou os ânimos: declarará a vitória “quando houver vitória, se houver vitória”, disse ao programa Fox & Friends, do canal conservador Fox News.
Também Joe Biden já tentou apelar à união do país. Num discurso a partir de Filadélfia, o candidato democrata afirmou que “não haverá Estados azuis ou vermelhos” (democratas ou republicanos), mas apenas “Estados Unidos da América”.
Trump e Biden já votaram
Stakes are high. A votação decorre em plena pandemia, numa altura em que 230 mil vidas já foram perdidas para a Covid-19. Tanto Biden como Trump já depositaram os seus votos.
A imprensa norte-americana nota uma afluência expressiva às urnas, com grandes filas a formarem-se nas mesas de voto em alguns dos Estados mais importantes para a definição do colégio eleitoral que escolherá o próximo presidente.
“Poucos sinais de disrupção”, lê-se na manchete do The New York Times. “Primeiros indicadores sugerem que a votação decorre de forma relativamente pacífica, com alguns incidentes isolados”, noticia o jornal.
“Responsáveis e especialistas veem pouca interferência externa, até agora”, avança, por sua vez, o The Wall Street Journal, referindo-se aos receios de manipulação das eleições por parte de potências como a Rússia ou a China.
Segundo o The Guardian, Michael McDonald, professor da Universidade da Florida, estima que 150 milhões de norte-americanos participem nestas presidenciais. Em 2016, foram 136,5 milhões. As primeiras urnas fecham às 23h00 de Lisboa. As últimas encerram às 6h00.
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