Trump e Biden já votaram. Milhões desafiam pandemia para escolher próximo Presidente

Os norte-americanos são chamados às urnas num dos piores momentos da pandemia. Os candidatos, Trump e Biden, já depositaram os seus votos, numa das mais disputadas corridas à Casa Branca.

Milhões de cidadãos são chamados às urnas para escolherem quem vai liderar o país nos próximos quatro anos.EPA/Amanda Sabga

Quando as urnas abriram nos EUA esta terça-feira, já 100 milhões de norte-americanos tinham enviado os seus votos por correspondência. Um número recorde, que sugere que estas serão das presidenciais mais disputadas da história do país.

De um lado, o Presidente incumbente, sempre polémico, Donald Trump. Do outro, o democrata e antigo vice-presidente na Administração Obama, Joe Biden.

A esmagadora maioria das sondagens colocam o democrata na frente da corrida. Se Trump vencer, significará um falhanço ainda maior das previsões do que o de há quatro anos, em que Hillary Clinton perdeu a Casa Branca apesar de liderar nos inquéritos de opinião.

Por isso, poucos arriscam certezas desta vez. E nem é certo que a noite eleitoral termine com um vencedor definido. Os norte-americanos poderão acordar na quarta-feira sem saber quem é o líder do país.

Os votos por correspondência levam mais tempo a contar. Facto que tem levado os especialistas a alertar que poderão passar semanas até se saber quem venceu a corrida. Há receios de que Trump se precipite e declare uma vitória prematura, o que poderia lançar a maior economia do mundo num grave caos político.

Nos debates, confrontado com as sondagens, Trump não se comprometeu com uma transição pacífica de poder caso perca as eleições para Biden, o que alimentou ainda mais esses receios. Já esta terça-feira, o Presidente serenou os ânimos: declarará a vitória “quando houver vitória, se houver vitória”, disse ao programa Fox & Friends, do canal conservador Fox News.

Também Joe Biden já tentou apelar à união do país. Num discurso a partir de Filadélfia, o candidato democrata afirmou que “não haverá Estados azuis ou vermelhos” (democratas ou republicanos), mas apenas “Estados Unidos da América”.

Perto de 100 milhões de eleitores optaram por votar por correspondência, um número sem precedentes que poderá atrasar a divulgação dos resultados eleitorais.EPA/STEPHEN BRASHEAR

Trump e Biden já votaram

Stakes are high. A votação decorre em plena pandemia, numa altura em que 230 mil vidas já foram perdidas para a Covid-19. Tanto Biden como Trump já depositaram os seus votos.

A imprensa norte-americana nota uma afluência expressiva às urnas, com grandes filas a formarem-se nas mesas de voto em alguns dos Estados mais importantes para a definição do colégio eleitoral que escolherá o próximo presidente.

“Poucos sinais de disrupção”, lê-se na manchete do The New York Times. “Primeiros indicadores sugerem que a votação decorre de forma relativamente pacífica, com alguns incidentes isolados”, noticia o jornal.

“Responsáveis e especialistas veem pouca interferência externa, até agora”, avança, por sua vez, o The Wall Street Journal, referindo-se aos receios de manipulação das eleições por parte de potências como a Rússia ou a China.

Segundo o The Guardian, Michael McDonald, professor da Universidade da Florida, estima que 150 milhões de norte-americanos participem nestas presidenciais. Em 2016, foram 136,5 milhões. As primeiras urnas fecham às 23h00 de Lisboa. As últimas encerram às 6h00.

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