Grupo Ageas lucra 994 milhões, operação portuguesa acima do mercado

  • ECO Seguros
  • 17 Novembro 2020

A companhia realça o desempenho operacional, nos ramos Vida e Não Vida, que foi suficientemente sólido para mitigar imparidades registadas na operação asiática.

O grupo Ageas contabilizou 993,7 milhões de euros de lucro líquido nos primeiros nove meses de 2020 (+13%), com o lucro do terceiro trimestre a recuar para 202,7 milhões (-25% face a igual período de 2019).

O resultado de julho a setembro foi penalizado por quebra superior a 60% no resultado da operação asiática (por imparidades em investimentos ligados ao mercado chinês), situação que também afetou as contas dos nove meses. Já o lucro de janeiro a setembro foi impulsionado sobretudo por ganhos de capital e por incremento de 40% no resultado líquido da Europa continental, área geográfica que inclui a operação em Portugal, mas exclui a Bélgica e o Reino Unido, segmentos regionais reportados em parcelas individuais.

Por ramos de negócio, o resultado Vida caiu 36%, para 426 milhões de euros (nove primeiros meses de 2020), enquanto não Vida progrediu 54%, para os 311,1 milhões.

Citado no comunicado de resultados, Hans De Cuyper, CEO do grupo Ageas, manifesta satisfação pela resiliência e melhoria operacional demonstradas face ao desafio da pandemia. «Até à data, a nossa posição, tanto nos lucros como ao nível da solvência e posição de tesouraria, continua forte”.

O lucro restante (cerca de 257 milhões) é atribuído à evolução da conta geral (General Account), rubrica de ganhos/perdas de capital que, além do FRESH (um programa de recompra de títulos iniciado em 2019 e que, no período reportado teve impacto extraordinário positivo superior a 300 milhões no lucro reportado), inclui a contabilização de operações relacionadas com o RPN (Relative Performance Note), um instrumento de regularização de passivos herdados do grupo Fortis.

Assim, o resultado líquido do negócio segurador totalizou 737 milhões de euros, marcado por forte desempenho de todas as linhas da área não Vida que, em Portugal (marcas Ocidental, Ageas Seguros e Médis), “continuou a superar o mercado”, refere o comunicado do grupo que, com cerca de 16% de quota (por volume agregado de prémios) era o segundo maior no mercado português, segundo dados do setor relativos a 2019.

A receita total consolidada pelo grupo belga diminuiu 2%, face a setembro de 2019, totalizando 27,9 mil milhões de euros (-3% para 22,8 mil milhões no negócio Vida e +1%, para 5,1 mil milhões em não-Vida).

Do lado da eficiência, o rácio combinado na globalidade do perímetro consolidado melhorou, dos 94,7% em setembro de 2019, para 90,0%, sendo que, na Europa continental, o mesmo indicador passou de 90,4% sem setembro de 2019, para 83,6% a 30 de setembro último, comprovando desempenho operacional “excelente” que vem melhorando de ano para ano e que, ultimamente (devido às restrições da pandemia) beneficiou da menor frequência de sinistros, “sobretudo em automóvel e Saúde”, explica o relatório trimestral da Ageas.

A folha de balanço dos primeiros nove meses do exercício calcula o rácio de solvência da Ageas em 194%, um nível confortavelmente acima da meta, segundo a entidade.

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