Líder do FMI pede ousadia aos bancos centrais para apoio à recuperação
Kristalina Georgieva defende que os bancos centrais devem mostrar-se "inovadores" e "ousados", mas não podem lutar sozinhos contra a crise económica mundial.
Os bancos centrais devem mostrar-se “inovadores” e “ousados”, mas não podem lutar sozinhos contra a crise económica mundial, afirmou a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), lembrando o “papel fundamental” das políticas governamentais.
As instituições financeiras, que baixaram as taxas de juro e facilitaram os empréstimos para apoiar empresas, devem encontrar uma forma de renovar “o quadro” da sua política monetária e dos seus instrumentos, declarou Kristalina Georgieva, num discurso que será proferido num evento que contará também com a participação do vice-presidente da Reserva Federal (Fed), Richard Clarida e do economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane.
“Isso vai dar-lhes as munições vitais para lutarem contra a crise e apoiarem a retoma”, acrescentou.
Georgieva insistiu, no entanto, que “a política monetária não deve e não pode fazer o trabalho sozinha”.
A diretora-geral do FMI tem vindo a afirmar há vários meses que a política orçamental tem “um papel fundamental” a desempenhar.
“Os decisores intensificaram o apoio orçamental durante a crise e devem continuar a fazer o mesmo para apoiar uma recuperação sustentável e inclusiva”, adiantou.
Devido ao impacto da pandemia de Covid-19, o FMI prevê uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) mundial de 4,4% este ano, antes de uma recuperação de 5,2% em 2021.
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