Afinal, como funcionam as vacinas contra a Covid-19?
As vacinas preparam o sistema imunitário da pessoa para reconhecer o vírus e defender-se do mesmo. A lógica é a mesma para todas as vacinas, e também para a vacina contra o novo coronavírus.
A Comissão Europeia tem acordos com seis vacinas até ao momento – Pfizer/BioNTech, Moderna, Curevac, Sanofi/GSK, AstraZeneca e Johnson&Johnson – que correspondem a milhões de vacinas para todos os Estado-membros. Ainda não chegaram, mas estão quase. E nas vésperas do arranque da vacinação, é importante saber, afinal, como funcionam.
As vacinas criadas por estas farmacêuticas geram respostas a toda, ou a uma parte, da proteína única do SARS-CoV-2 (novo coronavírus), recorrendo, algumas delas, a diferentes métodos.
Ao receber a vacina, a pessoa que a toma desencadeia uma resposta imunitária. Mais tarde, caso venha a ser infetada com o novo coronavírus, o corpo reconhece o vírus e está preparado para se defender.
Perceba como funciona cada uma das vacinas:
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Pfizer/BioNTech, Moderna e Curevac
As vacinas desenvolvidas por estas empresas usam tecnologia mRNA. É introduzido no corpo um mensageiro de ácido ribonucleico (mRNA na sigla em inglês), que contém informação genética sobre o vírus, neste caso, o SARS-CoV-2.
O que acontece é que o próprio corpo começa a produzir a proteína única ao vírus. Depois, o sistema imunitário da pessoa reconhece que este elemento não deve estar no corpo e produz defesas contra a infeção.
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Sanofi/GSK
O produto da colaboração entre estas duas empresas é uma vacina baseada em proteína. Isto é, a vacina contém fragmentos de uma proteína que é exclusiva do novo coronavírus.
Estes fragmentos são suficientes para o sistema imunitário da pessoa reconhecer que algo está errado e que deve começar a produzir anticorpos contra a doença.
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AstraZeneca e Johnson&Johnson
Este tipo de vacina utiliza a técnica baseada no ácido desoxirribonucleico (DNA), com genes inativados de adenovírus. Ou seja, tem “instruções” para replicar a proteína única do vírus. Depois, tal como no outro tipo de vacina, o corpo começa a produzir defesas.
Na maioria das vacinas, independentemente da técnica utilizada na sua conceção, é necessário tomar duas doses para ser construída a imunidade. É o caso das vacinas que se encontram nas fases mais avançadas, Pfizer/BioNTech (já aprovada no Reino Unido e Canadá) e Moderna, que aguardam autorização da Agência Europeia do Medicamento — entidade reguladora, que certifica a segurança das vacinas.
Esta vacinação ajudará a criar imunidade de grupo e a quebrar cadeias de transmissão do novo coronavírus, procurando-se acabar com uma pandemia que tem colocado forte pressão nos sistemas de saúde de todo o mundo. A Covid-19 tem feito milhões de mortes, mas há ainda muitos mais internados, parte deles em cuidados intensivos.
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