Portugal vai lançar campanha de promoção do país

Siza Vieira diz ter a "convicção" de que Portugal vai "ter um crescimento mais rápido do turismo do que se antecipa". E deixa um recado: "Quem investe na crise é quem sai mais forte na retoma".

Portugal vai lançar uma nova campanha de promoção do país, revelou o ministro da Economia em entrevista à RTP3. Pedro Siza Vieira explicou que os mercados inglês e alemão serão alguns dos públicos alvos e manifestou confiança de que o turismo vai crescer mais depressa do que muitos antecipam.

“Vamos lançar uma nova campanha para valorizar Portugal, nomeadamente nos mercados inglês e alemão, onde temos um baixa quota de mercado e onde acreditamos que podemos crescer”, explicou Siza Vieira na Grande entrevista da RTP.

O responsável pela pasta da Economia revelou que tem a “convicção” de que Portugal vai “ter um crescimento mais rápido do turismo do que as pessoas antecipam”. “Quem não perdeu o emprego está com muito com muita vontade de viajar”, justificou. “Neste setor existe uma procura reprimida. As pessoas não viajam porque não podem e, no primeiro momento em que o puderem fazer, vão escolher Portugal”, acrescentou.

Siza Vieira, na sequência de um encontro com o presidente da Organização Mundial de Turismo, no início de dezembro, disse que “as empresas se devem preparar para o regresso do turismo a partir da Páscoa”.

Confiante de que a economia vai recuperar em 2021, Siza Vieira recordou que no terceiro trimestre Portugal “foi o país da União Europeia que mais cresceu no terceiro trimestre“. “O país vai começar a crescer quando todos os outros começarem a crescer. Não somos um país isolado, mas um país fortemente exportador. Não precisamos só do mercado interno, mas de uma retoma em todo o mundo”, sublinhou.

Para Siza Vieira, “o mais importante é que voltem os clientes”.

O ministro da Economia sublinhou a importância dos fundos europeus porque “vão acelerar o processo de recuperação”. “Estes fundos vão ser muito alocados para melhorar a produtividade e competitividade da nossa economia”, frisou.

“Temos de trabalhar em vários planos: o sucessor do Portugal 2020”, porque o objetivo é “continuar a lançar incentivos ao investimento empresarial sem grandes interrupções”. “Estamos a trabalhar muito intensamente nisso para que as empresas que continuam a querer investir – há muita intenção de investimento neste momento – possam ser apoiadas nos termos em que tradicionalmente vão sendo”.

Siza Vieira sublinhou o desejo do Executivo de “continuar a apoiar as empresas através do Sistema de Incentivos” — conjunto de apoios dirigidos às empresas através do Compete e dos vários programas operacionais regionais — “com um ritmo significativo”. “Os SI pagam por ano cerca de 600 milhões de euros” às empresas.

Outras das áreas de atuação é o Plano de Recuperação, mais conhecido como a bazuca, que terá “verbas muito significativas destinadas às empresas”, garantiu o ministro da Economia, frisando as quatro áreas de atuação mais importantes: digitalização, descarbonização, crescimento na cadeia de valor através da incorporação da inovação e formação profissional.

“Tenho dito que este é o momento das empresas começarem a preparar os seus projetos de investimento“, disse Siza Viera. No âmbito do PRR vão ser apoiados “projetos transformadores”. “A nossa ambição é começar a lançar já alguns termos de referência para que as empresas se possam preparar e preposicionar para concorrer a estes fundos”, explicou, acrescentando que têm sido levadas a cabo várias ações junto da indústria nacional para explicar o tipo de projetos elegíveis, como por exemplo ações de descarbonização. “Pedimos-lhes para prepararem os projetos, que digam o que é mais importante do ponto de vista do setor, para terem processo menos intensos de carbono ou menos consumidores de energia, para que, quando saírem os avisos, possam estar preparados”, exemplificou.

Siza Vieira deixou uma dica às empresas: “Este é o momento de se preparem. Quem investe na crise é quem sai mais forte na retoma”

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